A guitarra e o martelo: uma crítica nietzschiana à religião enquanto agenciamento moral no filme Tommy

Autores

  • Roberto Corrêa Scienza Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Silvio Demétrio Universidade Estadual de Londrina (UEL)

DOI:

https://doi.org/10.5216/ci.v19i1.36987

Palavras-chave:

Religião. Moral. Nietzsche. Tommy. The Who.

Resumo

Pretende-se desenvolver uma análise fílmica, sob as diretrizes de Jacques Aumont e Michel Marie, de Tommy – filme musical, de 1975, dirigido por Ken Russell, baseado no álbum/ópera rock homônimo da banda britânica The Who – com o intuito de desvelar uma crítica à religião enquanto agenciamento moral. Para estabelecer as bases filosóficas desse problema moral, recorre-se, respectivamente, ao filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche e aos filósofos franceses Gilles Deleuze e Michel Foucault. Desvela-se, a partir da análise fílmica de Tommy, a seguinte crítica: a religião, por meio de seus dogmas; da alienação; da castração dos sentidos e instintos; do conforto no ressentimento; cria uma estrutura autista em quem a experiencia, impedindo o exercício da vontade de potência e o Amor fati.

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Publicado

2016-10-11

Como Citar

CORRÊA SCIENZA, R.; DEMÉTRIO, S. A guitarra e o martelo: uma crítica nietzschiana à religião enquanto agenciamento moral no filme Tommy. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 19, n. 1, p. 105–122, 2016. DOI: 10.5216/ci.v19i1.36987. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/36987. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos