O mercado de bens simbólicos: a viabilidade política e midiática do Templo de Salomão junto aos stakeholders
DOI:
https://doi.org/10.5216/ci.v19i2.36951Palavras-chave:
Mercado de bens simbólicos. Megatemplos. Stakeholders.Resumo
No mercado de bens simbólicos, os diferentes grupos de stakeholders constituem elementos representativos na comercialização de produtos e serviços religiosos, ambiente no qual, em termos mercadológicos, contemporaneamente, os megatemplos representam a praça por excelência desse empreendimento. Por intermédio de pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, o objetivo da pesquisa está em analisar a importância do Templo de Salomão, megatemplo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), inaugurado em 31 de julho de 2014, como empresa inserida no concorrencial de bens e serviços religiosos para o alcance de vantagem competitiva. Os resultados da pesquisa apontam que a criação de megatemplos pode ser concebida uma situação real de mercado competitivo capaz de influenciar as estruturas das organizações religiosas pela visibilidade política e midiática que proporciona. A contribuição da pesquisa está em discutir a pertinência da aplicabilidade da teoria dos stakeholders no mercado de bens simbólicos da religião por permitir estudar a criação dos megatemplos como estratégia de marketing a partir da perspectiva dos relacionamentos com outros atores situados no mesmo campo social e estabelecer relações entre a lógica capitalista e a doutrina religiosa.
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