ESCOLA SEM PARTIDO: DO CONTROLE À ESPOLIAÇÃO

SCHOOL WITHOUT PARTY: FROM CONTROL TO DISPOSSESSION

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v39i0.58099

Resumo

A primeira proposta do Escola Sem Partido (ESP) foi elaborada em 2004. Dez anos depois, com a eclosão de mobilizações e movimentos conservadores pelo Brasil, ganhou repercussão e forte apoio de parlamentares e de partidos de direita. Alegando provável doutrinação esquerdista nas escolas, autoproclamando-se apartidário e polemizando temas relativos às diretrizes educacionais, o movimento ampliou suas frentes de ação, e projetos de lei do ESP foram apresentados na Câmara dos Deputados e em Assembleias Legislativas de vários estados do país. Uma análise desses projetos e das concepções defendidas por seus apoiadores, conforme evidenciamos neste texto, revela outras faces do movimento. Os interesses implícitos, a disputa partidária, o vínculo com tendências totalitárias que instigam o cerceamento do trabalho docente e a ligação com um projeto mais amplo que visa fazer da escola um grande negócio via espoliação, acende um alerta e suscita um amplo debate sobre os reais interesses do ESP e suas implicações à educação do país. Essa discussão é fundamental para a construção de um contraponto mais eficiente, baseado no esclarecimento, no protagonismo e na luta por uma escola mais autônoma e democrática.      

Palavras-chave: Escola Sem Partido; Controle; Educação; Espoliação.

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Biografia do Autor

Denis Castilho, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Goiás, com Estágio Doutoral na Universidad de Barcelona. Atualmente é professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, onde coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Teoria e Metodologia da Geografia (GEOtema) e o Grupo de Estudos sobre Redes e Produção do Território (GéTER).

Publicado

2019-04-25

Como Citar

CASTILHO, D. ESCOLA SEM PARTIDO: DO CONTROLE À ESPOLIAÇÃO: SCHOOL WITHOUT PARTY: FROM CONTROL TO DISPOSSESSION. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 39, p. 1–24, 2019. DOI: 10.5216/bgg.v39i0.58099. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/58099. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos