O circo vai a periferia
DOI:
https://doi.org/10.5216/ac.v10i2.79531Resumo
Com o objetivo de relatar uma das ações de um projeto de extensão que propiciou o encontro entre crianças de quatro escolas municipais, duas localizadas em bairros periféricos e duas localizadas nas áreas alagadas do Pantanal, na cidade de Corumbá, MS e um espetáculo de circo. As ações foram realizadas durante o segundo semestre de 2023. Foi criado e realizado um espetáculo de variedades, que incluiu acrobacias, malabarismos, números de equilíbrio e números cômicos, a partir de gags próximas as desenvolvidas ao circo tradicional. Nas escolas de áreas alagadas, o transporte de barco e o ambiente pantaneiro criam uma experiência única e inesquecível para as crianças. Após as apresentações, foram aplicados questionários e foi feito um pedido para que as crianças desenhassem a partir da experiência que acabaram de ter. Nas escolas urbanas, as crianças têm demonstrado preferência pelas gags como "abelha abelhinha” e duetos acrobáticos, refletindo seu fascínio pela comédia e pela força física. Por sua vez, nas escolas das águas, todos os números foram retratados nos desenhos, não havendo a predominância de apenas um, como no caso anterior. Os resultados mostram que a experiência circense proporcionou uma aprendizagem que teve as crianças como protagonistas, estimulando a imaginação e criatividade. O projeto demonstra a importância do circo como ferramenta educativa e cultural, capaz de criar memórias duradouras e enriquecer o desenvolvimento cultural e emocional das crianças. A arte circense, evoca o imaginário simbólico, social, e revela-se como uma aliada da educação, fortalecendo laços entre o circo e a infância, mesmo em contextos desfavoráveis, superando barreiras socioeconômicas e proporcionando experiências significativas, reafirmando o seu valor cultural e educativo.
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