IYABÁS EM CENA: O TRÂNSITO E AS REPRESENTAÇÕES DAS DIVINDADES FEMININAS DO CANDOMBLÉ

Autores

  • DANIELA BENY POLITO MORAES Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte http://orcid.org/0000-0001-9284-8938
  • TEODORA DE ARAÚJO ALVES Professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v3i1.46179

Palavras-chave:

Afoxé, Candomblé, Performance, Iyabás, Estudos Afro-ameríndios.

Resumo

O presente artigo visa discutir a presença e a representação feminina no espetáculo “Agô: Iyabás Pedem Passagem” do Afoxé Oju Omim Omorewá, trazendo para o diálogo aspectos característicos da transmissão de saberes das religiões afro-brasileiras, focando no trânsito da performance ritual sagrada para a performance artística. Aqui, além de um breve resumo do espetáculo, faremos uma explanação sobre as Iyabás e os espíritos ancestrais femininos ali representados, sob a perspectiva da relação corpo x espiritualidade e as associações possíveis com as mulheres contemporâneas. Como suporte teórico, recorremos aos conceitos de Performance trazidos por Richard Schechner em paralelo às reflexões sobre os Estudos da Performance de Diana Taylor e os Estudos Afro-ameríndios de Zeca Ligiéro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

DANIELA BENY POLITO MORAES, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Mestra com título obtido no Programa de Pós -Graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN (2017). Especialista em Antropologia pela Universidade Federal de Alagoas/UFAL (2014), possui graduação em Artes Cênicas: Licenciatura em Teatro pela UFAL (2011). Atualmente é dramaturga, atriz, produtora e diretora - Invisível Companhia de Teatro e assistente de produção - Patacuri - Cultura, Formação e Comunicação Afro-Ameríndio. Atuou como professora de Artes pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte e professora - Secretaria do Estado da Educação e Esporte e professora contratada da Universidade Estadual de Alagoas. Principal foco de interesse nas Artes Cênicas é o treinamento de atores/atrizes através do uso dos elementos da dança e da mitologia de Iansã com base na Antropologia Teatral. Atualmente atua como professora substituta de teatro do IFRN Campus Ceará-Mirim.

TEODORA DE ARAÚJO ALVES, Professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Brasil

É docente, diretora artística, pesquisadora e gestora na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Presidiu a Comissão de Criação do Curso de Licenciatura em Dança da UFRN em 2009, onde atua como docente. É Diretora do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN desde 2008 e Coordenadora de Ações culturais, museológicas e de memória da PROEX/UFRN; Coordena o Comitê Gestor do Plano de Cultura da UFRN/Mais Cultura nas Universidades/MinC/MEC e diversos projetos de extensão universitária, entre eles, Grupo de Dança da UFRN; Projeto Encantos da Vila (2004-2011), Programa Circuito cultural universitário (Une)versos das artes/PROEXT/MEC/SESu (2013/2015), Programa SigaArte na UFRN (desde 2013) e Programa Chão de Saberes. Possui Graduação em Educação Física e Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na Linha de Pesquisa Corporeidade e Educação; Coordenou grandes eventos científico-culturais, a exemplo da SBPC Cultural em 2010 e a Teia Nacional da Diversidade - (coordenação local na UFRN, em parceria com o MINC). Criou e coordenou, junto com o Prof. Dr.Edson Claro (in memoriam), a Base de Pesquisa GECARTE - Grupo de Estudos em Corpo, Arte e Educação no período de 2005 a 2010, atualmente Grupo Cirandar. Possui livros e capítulos de livros publicados, entre eles: Herdanças de Corpos brincantes: saberes da corporeidade em danças afro-brasileiras; Encantos da Vila: uma experiência com arte, cultura e educação. Atua no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRN, ministrando componentes curriculares, desenvolvendo pesquisas e orientações em Dança, Teatro, corpo, corporeidade, cultura e educação.

Referências

BARBA, Eugenio. A Canoa de Papel – Tratado de Antropologia Teatral. Brasília: Dulcina Editora – 2009.

FALCÃO, Inaicyra. Corpo e Ancestralidade – Uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. Salvador: EDUFBA – 2002.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2008.

LIGIERO, Zeca. Iniciação ao Candomblé. Rio de Janeiro: Record, 1993.

LODY, Raul, SABINO, Jorge. Danças de Matriz Africana – Antropologia do Movimento. Rio de Janeiro: Palas, 2011.

MARTINS, Suzana. A Dança de Yemanjá Ogunté Sob a Perspectiva Estética do Corpo. Salvador: EGBA, 2008.

NÓBREGA, Nadir. Dança afro – Sincretismo de Movimentos. Salvador: Editora Santa Maria: 1992.

SAUL, Luciana. Rituais do Candomblé – Uma inspiração para o trabalho criativo do ator. 276 p. Dissertação de Mestrado. CAC/ECA/USP. São Paulo – 2006.

SCHECHNER, Richard. O que é performance?. In O Percevejo, ano 11, 2003, n. 12, p. 25 a 50.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Salvador: Corrupio Edições, 2002.

ZENICOLA, Denise. Performance e Ritual – A dança das Iabás no Xirê. Rio de Janeiro: Mauad X Editora, 2014.

Downloads

Publicado

2017-07-31

Como Citar

MORAES, D. B. P.; ALVES, T. D. A. IYABÁS EM CENA: O TRÂNSITO E AS REPRESENTAÇÕES DAS DIVINDADES FEMININAS DO CANDOMBLÉ. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 3, n. 1, p. 128–142, 2017. DOI: 10.5216/ac.v3i1.46179. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/46179. Acesso em: 13 nov. 2024.