O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman, e as bases metafísicas da ciência moderna

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/vis.v16i1.45910

Palavras-chave:

cinema, percepção da ciência, metafísica

Resumo

Explorando as potencialidades do cinema para dar a ver aquilo que excede a representação na tela e o próprio campo perceptivo do espectador, o filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman, é aqui tomado como fio condutor das articulações entre as bases metafísicas da ciência moderna e a construção da oposição entre cultura e civilização. Outros filmes pontuam a análise que parte do triunfo da teoria gravitacional de Isaac Newton em direção ao largo espectro percepções visuais sobre a cultura ocidental oferecido por O Setimo Selo, do Gênesis ao Apocalipse, da aurora da ciência moderna à bomba atômica.

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Biografia do Autor

Márcio Barreto, Universidade Estadual de Campinas

Docente do Núcleo Geral Comum da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. Licenciado em Ciências e em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1989), com mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/1995) e doutorado em Ciências Sociais (2007).  Pós-Doutorado em na Université Paris-1 – Sorbonne, sob o tema Cinema e Percepção da Ciência.

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Publicado

2018-06-28

Como Citar

BARRETO, M. O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman, e as bases metafísicas da ciência moderna. Visualidades, Goiânia, v. 16, n. 1, 2018. DOI: 10.5216/vis.v16i1.45910. Disponível em: https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/45910. Acesso em: 16 fev. 2025.

Edição

Seção

Artigos