Mergulho nos Poros, de Maria Luísa Ribeiro

uma perspectiva geoliterária bachelardiana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/teri.v15i1.82926

Palavras-chave:

Maria Luísa Ribeiro, Gaston Bachelard, Mergulho nos Poros, Fenomenologia, Geoliteratura

Resumo

Este texto tem como objetivo propor uma análise geopoética da obra Mergulho nos Poros, de Maria Luísa Ribeiro, fundamentada principalmente nas contribuições topoanalíticas de Gaston Bachelard. O filósofo francês trabalha os quatro elementos – água, fogo, terra e ar – em uma perspectiva ôntico-ontológica e existencial-fenomenológica do imaginário que permite uma dialogia das camadas de sentidos possíveis dos versos de Ribeiro. Os quatro elementos são utilizados como ponto de partida e de chegada para a construção de uma ponte teórica e metodológica em direção a uma abordagem geopoética e topoanalítica da obra Mergulho nos Poros, visando contribuir epistemológica e ontologicamente para perspectivas geoarteliterárias.

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Biografia do Autor

Gilvan Charles Cerqueira de Araújo, Universidade Cat´ólica de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, gcca99@gmail.com

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista. Pós-Doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor e Pesquisador Permanente do Programa Stricto Sensu de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica de Brasília.

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Publicado

2025-07-11

Como Citar

ARAÚJO, Gilvan Charles Cerqueira de. Mergulho nos Poros, de Maria Luísa Ribeiro: uma perspectiva geoliterária bachelardiana. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v. 15, n. 1, p. e15120, 2025. DOI: 10.5216/teri.v15i1.82926. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teri/article/view/82926. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos