PERFIL DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM HIV/AIDS
DOI:
https://doi.org/10.5216/teri.v10i1.66815Palavras-chave:
Sorodiagnóstico da AIDS, Cooperação e Adesão ao Tratamento, Terapia Antirretroviral de Alta Atividade, Síndrome da imunodeficiência adquiridaResumo
Resumo: O Serviço de Atenção Especializada (SAE) é uma importante estratégia do Ministério da Saúde para o tratamento das pessoas que vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - Aids visa a redução da morbidade e mortalidade relacionadas à Aids no Brasil. O objetivo deste estudo foi conhecer e descrever o perfil dos usuários com o diagnóstico para HIV/Aids, que deram entrada no SAE/Goiânia, no ano de 2016. Método: No total de sujeitos do estudo, 168 (92,3%) eram do sexo masculino 126(69,3%) tinham entre 20 a 34 anos de idade; 55 (30,2%) possuíam ensino médio completo. Um pouco mais da metade dos usuários 92 (50,5%) declararam a relação sexual como via de contágio do HIV. A taxa de usuários em tratamento com terapia antirretroviral (TARV) foi de 161 (88,5%) . Concluiu-se que a maioria dos usuários do SAE/ Goiânia com HIV/Aids, em 2016, eram homens, com ensino médio completo, adultos jovens e que tiveram a via sexual como principal via de contágio do HIV. A taxa de usuários em tratamento com terapia antirretroviral foi de 95,6% (174) houve abandono de 4,7% (8 usuários) A diferença mais significativa apresentada foi na variável sexo onde a supressão viral atingiu 92,3%, entre as mulheres em tratamento com a TARV e apenas 57,4% dos homens tiveram sua carga viral indetectável. O perfil dos usuários do SAE/Goiânia, apresentou dados similares aos do município, estado e país. As informações obtidas contribuem para identificar a necessidade de implantar um sistema de monitoramento permanente l para o atendimento dos usuários do SAE com vistas a aperfeiçoar a assistência as PVHA. Este estudo visa contribuir com o planejamento das ações assistenciais desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde para o monitoramento e embasar as futuras intervenções.
Downloads
Referências
BASTOS, F. I. Aids na terceira década. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
BRASIL. Ministério do Planejamento e Orçamento. Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios .Rio de Janeiro: IBGE, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Alternativas assistenciais à AIDS no Brasil: as estratégias e resultados para a implantação da rede de Serviços de Assistência Especializada, 2000. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/assistencia/aids1/relativ_anexo 2.html>Acesso em: 03 jun. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. O perfil da Aids no Brasil e metas de governo para o controle da epidemia. 2003. Disponível em: <www.aids.gov.br/final/biblioteca/ metas/metas.pdf.>. Acesso em: 06 mai..2016
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids.. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2008 130 p.: il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série Manuais; n. 84) ISBN 978-85-334-0547-9 1. Aids. 2. Programa Nacional de DST e Aids. 3. Manual Técnico. I. Título. II. Série
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: coletânea de estudos do Projeto Atar:.Projeto Atar, 2010
BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para a atenção integral a adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids. Brasília, 2013a
BRASIL. Ministério da Saúde.Portaria n. 1.271, de 6.06.2014. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Histórias da luta contra a AIDS. A união de todos os atores para o enfrentamento da AIDS. 2015(a); (1). Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/ Acesso em: 03 jun. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico AIDS e DST, a. IV, n. 01, até semana epidemiológica 26ª. Brasília, 2015(b).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim Epidemiológico- HIV/Aids-2019. Número Especial, Dez. 2019. Brasília/DF. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2019/boletim-epidemiologico-de-hivaids-2019. Acesso em: 25 nov. 2020.
CARVALHO, P.M.; ANCHIÊTA, L.S., QUEIROZ, M.M., ARAGÃO A.O., NICHIATA L.Y. Sexualidade de pessoas vivendo com HIV/Aids. Rev Interdisciplinar. 2013; v.6, n.3, p.81–8.
DOURADO, I.; VERAS, Maria Amélia de S M; BARREIRA, D. and BRITO, A.M. de. Tendências da epidemia de Aids no Brasil após a terapia anti-retroviral. Rev. Saúde Pública [online]. 2006, vol.40, pp.9-17.
GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Diretoria de Vigilância em Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Gerência de Doenças e Agravos Transmissíveis. Boletim Epidemiológico do HIV/Aids: Situação Epidemiológica da Aids em crianças, aids e HIV em adultos e gestantes infectadas pelo HIV no município de Goiânia. Goiânia, 2016.
.
MENEZES, E.G, MELO, SANTOS, S.R.F.dos, MELO, G.Z.dos S., TORRENTE, G.; PINTO, A.dos S.; GOIABEIRA, Y.N.L de A. Fatores associados à não adesão dos antirretrovirais em portadores de HIV/AIDS. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 31, n. 3, p. 299-304, jun. 2018 .
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Adherencetolong-termtherapies: evidence for action. Geneva, 2003. Disponível em: <http://apps.who.int/medicinedocs.pdf>. Acesso em: 29mar. 2017
SCHUELTER-TREVISOL, F.; PUCCI, P.; JUSTINO, A.Z.; PUCCI, N.; SILVA, A.C. B.da.Perfil epidemiológico dos pacientes com HIV atendidos no sul do Estado de Santa Catarina, Brasil, em 2010. Epidemiol. Serv. Saúde [online], v. 22, n. 1, p. 87-94, 2003.
SOARES, F. N. S.; MORAIS, M. T. M. Perfil epidemiológico e sócio demográfico dos pacientes vivendo com HIV/Aids cadastrados no município de Vitória da Conquista/BA. Rev. Saúde. Com., v. 10, n. 1, p. 54-63, 2014.
SZWARCWALD, C. L.; CASTILHO; E. A. A epidemia de HIV/AIDS no Brasil: três décadas. Cad. Saúde Pública, v. 27, suppl. 1, p. 4-5, 2011.
UNIAIDS. Fact Sheet: World Aids Day, 2020. Disponível em: <http://www.unaids.org.>. Acesso em: 20 mar. 2016
UNAIDS. Fact Sheet: UNODC encerra GTUNAIDS Grupo Temático ampliado do Programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids 2015-2016. Disponível em: Acesso em: 20 fev. 2017.
VIACAVA, F.; ALMEIDA, C.; CAETANO, R. FAUSTO, M.; MACINKO, J.; MARTINS, M.; NORONHA, J.C.de; NOVAES, H. M. D.; OLIVEIRA, E.dos S. ; PORTO, S.M.; SILVA, L.M.V.da; SZWARCWALD, C.L. Uma metodologia de avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro. Ciênc. saúde coletiva [online].Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, 2004.
REFERÊNCIAS
BASTOS, F. I. Aids na terceira década. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
BRASIL. Ministério do Planejamento e Orçamento. Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios .Rio de Janeiro: IBGE, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Alternativas assistenciais à AIDS no Brasil: as estratégias e resultados para a implantação da rede de Serviços de Assistência Especializada, 2000. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/assistencia/aids1/relativ_anexo 2.html>Acesso em: 03 jun. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. O perfil da Aids no Brasil e metas de governo para o controle da epidemia. 2003. Disponível em: <www.aids.gov.br/final/biblioteca/ metas/metas.pdf.>. Acesso em: 06 mai..2016
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids.. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2008 130 p.: il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série Manuais; n. 84) ISBN 978-85-334-0547-9 1. Aids. 2. Programa Nacional de DST e Aids. 3. Manual Técnico. I. Título. II. Série
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: coletânea de estudos do Projeto Atar:.Projeto Atar, 2010
BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para a atenção integral a adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids. Brasília, 2013a
BRASIL. Ministério da Saúde.Portaria n. 1.271, de 6.06.2014. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Histórias da luta contra a AIDS. A união de todos os atores para o enfrentamento da AIDS. 2015(a); (1). Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/ Acesso em: 03 jun. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico AIDS e DST, a. IV, n. 01, até semana epidemiológica 26ª. Brasília, 2015(b).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim Epidemiológico- HIV/Aids-2019. Número Especial, Dez. 2019. Brasília/DF. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2019/boletim-epidemiologico-de-hivaids-2019. Acesso em: 25 nov. 2020.
CARVALHO, P.M.; ANCHIÊTA, L.S., QUEIROZ, M.M., ARAGÃO A.O., NICHIATA L.Y. Sexualidade de pessoas vivendo com HIV/Aids. Rev Interdisciplinar. 2013; v.6, n.3, p.81–8.
DOURADO, I.; VERAS, Maria Amélia de S M; BARREIRA, D. and BRITO, A.M. de. Tendências da epidemia de Aids no Brasil após a terapia anti-retroviral. Rev. Saúde Pública [online]. 2006, vol.40, pp.9-17.
GOIÂNIA. Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Diretoria de Vigilância em Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Gerência de Doenças e Agravos Transmissíveis. Boletim Epidemiológico do HIV/Aids: Situação Epidemiológica da Aids em crianças, aids e HIV em adultos e gestantes infectadas pelo HIV no município de Goiânia. Goiânia, 2016.
.
MENEZES, E.G, MELO, SANTOS, S.R.F.dos, MELO, G.Z.dos S., TORRENTE, G.; PINTO, A.dos S.; GOIABEIRA, Y.N.L de A. Fatores associados à não adesão dos antirretrovirais em portadores de HIV/AIDS. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 31, n. 3, p. 299-304, jun. 2018 .
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Adherencetolong-termtherapies: evidence for action. Geneva, 2003. Disponível em: <http://apps.who.int/medicinedocs.pdf>. Acesso em: 29mar. 2017
SCHUELTER-TREVISOL, F.; PUCCI, P.; JUSTINO, A.Z.; PUCCI, N.; SILVA, A.C. B.da.Perfil epidemiológico dos pacientes com HIV atendidos no sul do Estado de Santa Catarina, Brasil, em 2010. Epidemiol. Serv. Saúde [online], v. 22, n. 1, p. 87-94, 2003.
SOARES, F. N. S.; MORAIS, M. T. M. Perfil epidemiológico e sócio demográfico dos pacientes vivendo com HIV/Aids cadastrados no município de Vitória da Conquista/BA. Rev. Saúde. Com., v. 10, n. 1, p. 54-63, 2014.
SZWARCWALD, C. L.; CASTILHO; E. A. A epidemia de HIV/AIDS no Brasil: três décadas. Cad. Saúde Pública, v. 27, suppl. 1, p. 4-5, 2011.
UNIAIDS. Fact Sheet: World Aids Day, 2020. Disponível em: <http://www.unaids.org.>. Acesso em: 20 mar. 2016
UNAIDS. Fact Sheet: UNODC encerra GTUNAIDS Grupo Temático ampliado do Programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids 2015-2016. Disponível em: Acesso em: 20 fev. 2017.
VIACAVA, F.; ALMEIDA, C.; CAETANO, R. FAUSTO, M.; MACINKO, J.; MARTINS, M.; NORONHA, J.C.de; NOVAES, H. M. D.; OLIVEIRA, E.dos S. ; PORTO, S.M.; SILVA, L.M.V.da; SZWARCWALD, C.L. Uma metodologia de avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro. Ciênc. saúde coletiva [online].Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, 2004.