História e políticas de reconhecimento
Resumo
Nesse ensaio, Dipesh Chakrabarty reflete sobre a “política de reconhecimento” abordando o que ela significa para a escrita da história contemporânea, sobretudo, quando se consideram as convenções tradicionais relativas à objetividade e à distância histórica. Publicado em 2007, o manifesto problematiza essas questões e considera a relação entre identidade, direito e história a partir da posição única de Chakrabarty como historiador indiano formado em uma universidade australiana, atento tanto à experiência dos dalits, quanto às reivindicações dos aborígenes por terras na Austrália. As demandas por história e por direitos desses grupos considerados “subalternos” levam à emergência de uma “mistura particular entre história e memória” que desafia as formas correntes de pesquisa e escrita da história. Essa combinação coloca em evidência uma comodificação da experiência e inaugura, assim, uma nova relação com o passado, mediado agora mais pela mídia do que pelo aparato científico e disciplinar da história. Diante disso, a “política de reconhecimento” demanda dos historiadores a expansão não só do seu horizonte ético de atuação, quanto uma autoanálise crítica sobre o seu papel na luta por direitos.
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