História e políticas de reconhecimento

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Resumo

Nesse ensaio, Dipesh Chakrabarty reflete sobre a “política de reconhecimento” abordando o que ela significa para a escrita da história contemporânea, sobretudo, quando se consideram as convenções tradicionais relativas à objetividade e à distância histórica. Publicado em 2007, o manifesto problematiza essas questões e considera a relação entre identidade, direito e história a partir da posição única de Chakrabarty como historiador indiano formado em uma universidade australiana, atento tanto à experiência dos dalits, quanto às reivindicações dos aborígenes por terras na Austrália. As demandas por história e por direitos desses grupos considerados “subalternos” levam à emergência de uma “mistura particular entre história e memória” que desafia as formas correntes de pesquisa e escrita da história. Essa combinação coloca em evidência uma comodificação da experiência e inaugura, assim, uma nova relação com o passado, mediado agora mais pela mídia do que pelo aparato científico e disciplinar da história. Diante disso, a “política de reconhecimento” demanda dos historiadores a expansão não só do seu horizonte ético de atuação, quanto uma autoanálise crítica sobre o seu papel na luta por direitos.

Biografia do Autor

Eduardo Wright Cardoso, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, edu.wright@gmail.com

CV: http://lattes.cnpq.br/4079956200701552

Naiara Damas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, naiaradamas@gmail.com

CV: http://lattes.cnpq.br/5268025996323442

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Publicado

2025-02-05

Como Citar

CHAKRABARTY , D.; WRIGHT CARDOSO, E.; DAMAS, N. História e políticas de reconhecimento. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 27, n. 2, p. 259–269, 2025. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/79840. Acesso em: 15 abr. 2025.