Žižek e Malabou

Uma chance de futuro para filosofia da história hegeliana

Autores

  • Renato Paes Rodrigues Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, renato09sohc@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/rth.v24i1.67895

Palavras-chave:

filosofia da história hegeliana, Žižek, Malabou

Resumo

No atual cenário da teoria da história e da filosofia parece não haver mais espaço para metanarrativas como a de Hegel.
Contra tal tendência, visamos defender nesse artigo que existe uma chance de futuro para a filosofia da história hegeliana tendo como referência o conceito de plasticidade de Catherine Malabou e de retroatividade de Slavoj Žižek. Tais conceitos nos ajudam a refletir melhor sobre a relação dialética entre saber absoluto (atemporal) e história (temporal) dentro do sistema hegeliano que nos leva a concluir que Hegel não é um autor escatológico, como muitas vezes insistem seus críticos.

Biografia do Autor

Renato Paes Rodrigues, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, renato09sohc@gmail.com

Mestre em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente é doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da UNIRIO (http://lattes.cnpq.br/5257930442895982).

Referências

D'HONDT, Jacques. Hegel, filósofo da le história vivente. Buenos Aires: Amorrortu, 1966.

DUSSEL, Enrique D. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 2005.

INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Tradução Álvaro Cabral; revisão técnica. Karla Chediak. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

FUKUYAMA, Francis. The End of History and The Last Man. New York: Avon. Books, 1992.

FUKUYAMA, Francis. Second Thoughts: The Last Man in a Bottle. The National Interest, no. 56 (Summer 1999a), p.16-33 e The Future of History. Foreign Affairs. Volume 91, no1. Jan/Feb 2012.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (1830). A Filosofia do Espírito. Tradução Paulo Meneses e José Machado (colaboração). São Paulo: Loyola, 1995, v.3.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (1830). A Ciência da Lógica. Tradução Paulo Meneses e José Machado (colaboração). São Paulo: Loyola, 1995, v.1.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses; com colaboração de Karl-Heinz Efken, e José Nogueira Machado. – 7° ed. – Petrópolis, RJ: Vozes: Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco,

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Filosofia da História. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

HENRICH, Dieter. Hegel e su contexto. Trad. Jorge A. Díaz. Ed. Monte Ávila Editores. Caracas, 1987.

HYPPOLITE, Jean. Introducción a la filosofía de la historia de Hegel. Buenos Aires: Caldén, 1970.

KERSHAW, Ian. De volta ao inferno (2016), Tradução Donaldson M. Garschagen, Renata Guerra – 1° ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2016, especialmente o subcapítulo Os intelectuais e a crise na Europa.

KOJÈVE, Alexandre. Introdução à leitura de Hegel. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2002.

LAUREANO, Pedro Sobrino. Uma breve introdução ao pensamento de Slavoj Žižek. Analytica, São João del-Rei, v. 4, n. 7, p. 161-185, 2015.

LÖWITH, Karl. De Hegel a Nietzsche: La quiebra revolucionaria del pensamento el siglo XIX. Buenos Aires, Katz, 2008.

MALABOU, Catherine. “Negativos de la dialéctica. Entre Hegel y Heidegger: Hyppolite, Koyré, Kojève”. In: Revista Pensamiento Político, n. 5, p. 158-174, julho 2014.

MALABOU, Catherine. The Future of Hegel: Plasticity, Temporality, Dialectic. New York: Routledge, 2005.

MARCUSE, Hebert. Razão e Revolução – Hegel e o advento da teoria social. Editora Saga, 1969.

MARQUARD, Odo. “En defensa de lo accidental”. Fractal n° 2, julio- septiembre, 1996, año 1, volumen I, pp. 11-26.

MATA, Sérgio da. Resenha de MARQUARD, Odo. Las dificultades con la filosofía de la historia. Valencia: Pre-Textos, 2007. História da Historiografia, v. 1, p. 108-114, 2008.

PINKARD, Terry. Hegel: A Biography. Cambridge/New York, Cambridge University Press, 2000.

PINKARD, Terry. Saber absoluto: por que a filosofia é seu próprio tempo apreendido no pensamento. Revista Eletrônica Estudos Hegelianos, Ano 7, no. 13, Dezembro – 2010: 07-23.

POPPER, Karl Raimund. A sociedade aberta e seus inimigos. Tradução de Milton Amado. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.

SCHOLTZ, Gunter. O problema do historicismo e as ciências do espírito no século XX. In: Revista de História da Historiografia, Ouro Preto, n°6, 03/2011, p. 42-63.

ŽIŽEK, Slavoj. Menos que nada: Hegel e a sombra do materialismo dialético. Tradução Rogério Bettoni, Editora Boitempo, 2013.

ŽIZEK, Slavoj. Primeiro como tragédia, depois como farsa. Tradução Maria Beatriz de Medina. - São Paulo: Boitempo, 2011. E para se aprofundar na discussões sobre a relação de Hegel com o Haiti ver BUCK-MORSS, Susan. Hegel e o Haiti. Novos Estudos, 90. Julho, 2011, p. 131-171.

ŽIŽEK, Slavoj. The Fear of Four Words: A Modest Plea for the Hegelian Reading of Christianity. In: The Monstrosity of Christ: Paradox or Dialectic, Creston Davis (ed.), MIT Press, 2009.

Downloads

Publicado

2021-07-30

Como Citar

RODRIGUES, R. P. Žižek e Malabou: Uma chance de futuro para filosofia da história hegeliana. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 24, n. 1, p. 72–91, 2021. DOI: 10.5216/rth.v24i1.67895. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/67895. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de dossiê