PORTUGAL NO BRASIL (1951): REGIÕES BRASILEIRAS NO OLHAR DA EMBAIXADA UNIVERSITÁRIA DE COIMBRA

Autores

  • Élio Cantalício Serpa Professor Associado da UFG; Doutor em História Social pela USP
  • José Adilçon Campigoto Professor Adjunto da UNICENTRO; Doutor em História Cultural pela UFSC

Palavras-chave:

história da historiografia, Brasil, Portugal, Lusitanidade

Resumo

No início da década de 1950 foi constituída a Embaixada Universitária de Coimbra para visitar o Brasil.  Entre outros objetivos, tratava-se de perceber (e demarcar) a presença portuguesa neste lado do Atlântico. Mais amplamente, a finalidade implicava sedimentar ‘a consciência da grandeza histórica de Portugal’.  Os objetivos, bem como o desenrolar das atividades, encontram-se no relatório publicado em 1953. Esse mesmo relatório foi novamente editado em 1954, 3º Centenário da Restauração de Pernambuco. Utilizando-se do conceito de região, esse relatório dividia o Brasil em dois grandes territórios: o da igualdade/identidade com Portugal e o da diferença. Pressupomos que tal olhar estava profundamente marcado pela cultura histórica e política salazarista, portanto numa perspectiva avessa ao modernismo. Tentaremos compreender a seleção das pressupostas diferenças, mas também, perceber questões políticas presentes na observação das assim consideradas expressões da ‘lusitanidade’ e, por fim, identificar esse olhar que nos parece matizado pela cultura histórica. Assim, vamos percorrer o relatório elaborado pelo reitor Maximino Correia, professor da Faculdade de Medicina da instituição coimbrã, seguindo sua organização, porém, selecionando informações.

Biografia do Autor

Élio Cantalício Serpa, Professor Associado da UFG; Doutor em História Social pela USP

Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1976), mestrado em HISTORIA pela Universidade Federal de Santa Catarina (1989) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1993).Pós-Doutorado na Universidade de Coimbra, Universidade de Salamanca (2012). Atualmente é professor associado na Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil , atuando principalmente nos seguintes temas: cidade e modernização, cultura, igreja e poder, comemorações, autoritarismos e produção de subjetividades.

José Adilçon Campigoto, Professor Adjunto da UNICENTRO; Doutor em História Cultural pela UFSC

Bacharel em Estudos Sociais pela Fundação Educacional de Brusque (1986), mestrado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e doutorado em História cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Atua como professor adjunto da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná. Pesquisa na área de História Cultural, os seguintes temas: região - fronteira - cotidiano - movimento social - hermenêutica - ruralidade - saber e imaginário. dedica-se ao estudo dos povos faxinalenses e eslavos do sul do Brasil. Professor permanente credenciado no Programa de Pós-graduação em História (nível de mestrado) da UNICENTRO, na linha de pesquisa Espaços de práticas e relações de poder.

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Publicado

2017-06-27

Como Citar

CANTALÍCIO SERPA, Élio; ADILÇON CAMPIGOTO, J. PORTUGAL NO BRASIL (1951): REGIÕES BRASILEIRAS NO OLHAR DA EMBAIXADA UNIVERSITÁRIA DE COIMBRA. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 17, n. 1, p. 333–360, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/62580. Acesso em: 22 dez. 2024.