O TEMA DA VAIDADE NAS LÍNGUAS ESPANHOLA, FRANCESA E PORTUGUESA: ESTUDO DE SEMÂNTICA HISTÓRICA EM DICIONÁRIOS
Palavras-chave:
vaidade, conceito de homem, Mundo Moderno latinoResumo
Este artigo propõe a leitura de definições do verbete vaidade em alguns dicionários nas línguas espanhola, francesa e portuguesa e, com isso, traça um estudo sobre as formas segundo as quais as línguas de matriz latina criaram um conceito de homem cuja ideia de vazio pôs um problema para a cultura cristã no Ocidente. Além disso, analisa-se como, entre os séculos XVIII e XIX, a tópica da vaidade alterou-se novamente, tendo em vista a emergência concepções subjetivas de vida e a noção de indivíduo
Referências
AIRES, Matias. Reflexões sobre a vaidade dos homens e Carta sobra a fortuna [1752]. (Demais edições: 1761, 1778, 1786). Lisboa, INCM, 2005.
AQUINO, Santo Tomás de. Suma teológica, Secunda Secundae. Disponível em: <http://www.corpusthomisticum.org/>. Acesso em 29.ago.2018.
ARNAULT, Antoine; LANCELOT, Claude. Gramática do Port-Royal ou Gramática geral e razoada, contendo os fundamentos da arte de falar, explicados de modo claro e natural; as razões daquilo que é comum a todas as línguas e das principais diferenças ali encontradas etc. Tradução: Bruno Fregni Bassetto; Henrique Graciano Murachco. [1660]. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
AUERBACH, Erich. Ensaios de literatura ocidental. São Paulo: Duas Cidades, Editora 34, 2007.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Loyola, 2002.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso (p.277-326). In Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado em exemplos dos melhores escritores portuguezes, e latinos, e offerecido a ElRey de Portugal Dom Joam V.Lisboa: Officina de Pacoal da Sylva, 1721.
BOEHNER, Philotheus; GILSON, Etienne. História da filosofia cristã. Petrópoles: Vozes, 2009.
CASTORIADIS, Cornelius. Instituition imaginaire de la société.Paris: Seuil, 1999.
CERQUEIRA, Luiz Alberto. A ideia de filosofia no Brasil, Revista Filosófica de Coimbra, v. 39, p. 163-192, 2011.
DE LA ROCHEFOUCAULD, François. Réflexions ou sentences et maximes morales. Paris : Claude Barbin, 1665.
DESCARTES, René. Les passions de l'âme [1649]. in Œuvres et lettres. Bibliothèque de la Pléiade. Édition d'André Bridoux. Paris: Gallimard, 1953, p.693.
DICCIONARIO de la lengua castellana en que se explica el verdadero sentido de las voces, su naturaleza y calidad, con las phrases o modos de hablar, los proverbios o rephranus y otras cosas convenientes al uso de la lengua, dedicado ao rey nuestro señor don Phelippe V(que Dios guarde) a cuyas reales despensas se hace esta Obra. Compuesto por la Real Académia Española.Tomo sexto. Madrid: Imprensa de la Real Académia Española, 1739, 1817; 1822.
DICTIONNAIRE de l’académie françoise.Quatrième édition. Tome seconde. L—Z.Paris: Veuve de Bernard Brunet, 1762.
ERNOUT, Alfred; MEILLET, Alfred. Dictionnaire étymologique de la langue latine. Histoire des mots. 3e édition, révue, corrigée et augmentée d’un index. 1e édition 1932. Paris: Librairie C. Klincksieck, 1951.
FERRAUD Abbé. Dictionnaire critique de la langue française. Tome troisième. Marseille : Jean Mossy, Père et Fils, 1788. VANITÉ (verbete).
FERREIRA, Daniel Wanderson Wanderson. A primeira viagem de Colombo rumo ao Poente: os medos e a ideia de homem no começo da Época Moderna. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, v. 26, n. 1, p.131-155, jul.2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.17851/2317-2096.26.1.131-155.>.
FONSECA, João da. Novo Diccionario da Lingua Portugueza, recopilado de todos que até o presente se teem dado à luz, seguido de um diccionario completo dos synonymos portuguezes. Pariz: J.-P. Aillaud, 1836.
FOUCAULT, Michel. Les mots et les choses (p.1456-1457). In Œuvres, tome I. Bibliothéque de la Pléiade. Paris: Gallimard, 2015.
GAFFIOT, Félix. Dictionnaire Latin Français.Paris: Hachette, 1934.
GILSON, Etienne. O espírito da filosofia medieval. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
INDO European Lexicon. Disponível em: <https://lrc.la.utexas.edu/lex/semantic/field/QN_EM>. Acesso em 01.abr.2013.
INDO-European Etymological Dictionary –Indogermanisches Etymologisches Woerterbuch (Jpokorny). Disponível em: <https://academiaprisca.org/indoeuropean.html>. Acesso em 29.ago.2018.
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
PINTO, Luiz Maria da Silva. Diccionario da Lingua Brasileira por Luiz Maria da Silva Pinto, natural da Provincia de Goyaz.Ouro Preto: Typographia de Silva, 1832.
ROQUETTE, J. I.; FONSECA, José da. Diccionario dos synonymos poetico e de epithetos da Lingua Portugueza.Pariz: J.-P. Aillaud, Guillard e Cia, 1871.
SCHELER, Auguste. Dictionnaire d’étymologie française d’après les résultats de la science moderne. Bruxelles: Auguste Schnée, éditeur; Paris: Librairie de Firmin Didot, Frères, Fils et Cie, 1862.
THEATRO moral da vida humana, en cien emblemas con el enchiridon de epicteto y la tabla de Cebes. Amberes: H. y C. Verdussen, 1701.
BIRCHAL, Telma de Souza. O eu nos Ensaios de Michel de Montaigne. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
BELAVAL, Yvon (org.). Histoire de la philosophie, II vol.1, La Renaissance, l’âge classique. Paris: Gallimard, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista publica única e exclusivamente artigos inéditos. São reservados à Revista todos os direitos de veiculação e publicação dos artigos presentes no periódico.
Licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License