HISTÓRIA E GENEALOGIA: NOTAS SOBRE UMA HISTÓRIA GENEALÓGICA E AFIRMADORA DA VIDA NO PENSAMENTO DE NIETZSCHE
Palavras-chave:
Historiografia alemã, Historia Magistra Vitae, Filologia, Genealogia, Afirmação da vidaResumo
O objetivo de nosso artigo é explorar a concepção de História de Nietzsche e suas relações com a genealogia. Em primeiro lugar, ocupar-nos-emos com a crítica de Nietzsche à historiografia alemã do século XIX e sua centralidade no pensamento do filósofo, em que a historiografia aparece não como simples atividade erudita, mas como saber a serviço da vida. Depois de nos havermos com a ideia de que Nietzsche é um opositor da historiografia alemã oitocentista, mostraremos a sua aproximação do modelo de historia magistra vitae, que enfatiza as noções de experiência e exemplaridade. Na sequência, abordaremos um argumento que estrutura todo o nosso trabalho, qual seja, o de que o movimento de Nietzsche contra a historiografia científica de seu tempo e em direção à história exemplar dos antigos proporciona como alternativa plausível o tipo de História que, em nossos próprios termos, denominamos de “genealógico e afirmador da vida”.
Referências
ASSIS, Arthur. Johann Gustav Droysen (1808-1884). In: MARTINS, Estevão de Rezende (Org.). A História pensada: teoria e método na historiografia europeia do Século XIX. São Paulo: Contexto, 2010, p. 31-36.
BINOCHE, Bertrand. Do valor da história à históriados valores. Cadernos Nietzsche, São Paulo, v.1, n. 34, p. 35-62, 2014.
BURCKHARDT, Jacob. Cartas.Tradução de Renato Rezende. Rio de Janeiro: Topbooks, 2003.
CALDAS, Pedro. Johann Gustav Droysen (1808-1884). In: PARADA, Maurício (Org.). Os historiadores: clássicos da história -Vol. 2: de Tocqueville a Thompson. Petrópolis: Vozes; Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2013, p. 36?55.
CAVALCANTI, Anna Hartmann. Nietzsche e a História. O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, n. 1, p. 29-36, 1989.
DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a Filosofia. Tradução de Edmundo Fernandes Dias e Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.
DRU, Alexander. Introdução às cartas de Jacob Burckhardt. In: BURCKHARDT, Jacob. Cartas. Seleção e edição de Alexander Dru. Tradução de Renato Rezende, Rio de Janeiro: Topbooks, 2003.
FERNANDES, Cássio. Jacob Burckhardt (1818-1897). In: MARTINS, Estevão de Rezende (Org.). A História pensada: teoria e método na historiografia europeia do Século XIX. São Paulo: Contexto, 2010, p. 159-165.
FERNANDES, Cássio. Jacob Burckhardt (1818-1897). In: BENTIVOGLIO, Julio; LOPES, Marco Antonio (Org.).A constituição da história como ciência: de Ranke a Braudel. Petrópolis: Vozes, 2013, p. 59-89.
FONTANA I LAZARO, Josep. Historicismo e nacionalismo. In: A história dos homens.Tradução de Heloisa Jochims Reichel e Marcelo Fernando da Costa. São Paulo: EDUSC, 2004.
GENTILE, Carlo. Os gregos aprenderam aos poucos a organizar o caos. Os conceitos de estilo e de cultura na Segunda consideração extemporânea de F. Nietzsche. Cadernos Nietzsche, n. 27, p. 51-71, 2010.
(CONT.)
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista publica única e exclusivamente artigos inéditos. São reservados à Revista todos os direitos de veiculação e publicação dos artigos presentes no periódico.
Licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License