A saga do condado de yoknapatawpha: a apreensão de um mundo social em mutação
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v21i1.8611Resumo
Este artigo apontará as obras de William Faulkner que se referem à saga de Yoknapatawpha:1 Sartoris; O som e a fúria; Absalão, Absalão; Os indomáveis; Réquiem para uma freira; Desça, Moisés; O povoado; A cidade e a mansão. A leitura desses romances nos demonstrará o alcance do processo de ficcionalização de Faulkner, pois neles é possível apreender desde a fundação de Jefferson, cidade imaginária, passando pela doação de terras a Stupen, feita pelos índios Chikasaw, até a constituição total do domínio dos Snopes, verdadeiros fazedores de dinheiro, em oposição à queda de famílias tradicionais como é o caso dos Sartoris e dos Compsons. Esse percurso terá início nas considerações de Ian Watt acerca da ascensão do romance, especialmente no que diz respeito à questão do tempo. Posteriormente, apontaremos a relação das técnicas modernistas utilizadas por Faulkner com o contexto histórico norteamericano, fim da fase heroica da burguesia, e com a concepção de tempo. Para essas duas últimas questões, embasaremos nossas considerações em Jean-Paul Sartre, feitas em Sartoris, de William Faulkner, e em Do Modernismo em Willian Faulkner: as I lay dying,2 de Carlos Azevedo.
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Copyright (c) 2010 Alessandra Carlos Costa Grangeiro, Goiandira Ortiz de Camargo
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