A memória des-figurada de Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v32.58574

Palavras-chave:

Walter Benjamin, Sonho, Infância, Autobiografia

Resumo

Este artigo propõe uma análise de Walter Benjamin a partir de seus escritos supostamente autobiográficos, Infância berlinense: 1900 e Crônica berlinense, a partir de uma imagem que Freud nos coloca: a do arqueólogo, ou, aquele que escava as memórias. Assim, esse arqueólogo do instante se apresenta pela e na des-figuração de uma linguagem que já surge menos como meio de transmissão da comunicação do que como espaço onde seus sonhos e devaneios se revelam. Por fim, a potência dos Denkbilder benjaminianos se mostra como sintoma de uma modernidade sem norte e como falsa promessa da história da racionalidade e do progresso.

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Biografia do Autor

Helano Jader Ribeiro, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professor Adjunto de Língua Alemã na Universidade Federal de Pelotas. Doutor em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

2020-04-04

Como Citar

RIBEIRO, H. J. A memória des-figurada de Walter Benjamin. Signótica, Goiânia, v. 32, p. e58574, 2020. DOI: 10.5216/sig.v32.58574. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/58574. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários