"Não é esse o ofício dos deuses? ” A sátira e o tamanho real dos grandes homens do exílio em Marx e Machado de Assis

Autores

  • Ana Laura dos Reis Corrêa Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Goiás, Brasil
  • Elisabeth Hess Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Goiás, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5216/sig.v31.56735

Palavras-chave:

Sátira, Os grandes homens do exílio, Marx, “Conto alexandrino”, Machado de Assis

Resumo

Este artigo aborda a composição satírica de dois textos diferentes quanto ao gênero, ao espaço e ao tempo: Os grandes homens do exílio, texto político e paródico, escrito em Londres, no ano de 1852, por Marx, Engels, Ernst Dronke e Jenny von Westphalen, e “Conto alexandrino”, narrativa ficcional de Machado de Assis, publicada em 1883, no Rio de Janeiro. Sem desconsiderar essas diferenças entre os textos, a análise busca compreender a que necessidade responde essa escolha dos autores pela sátira, concretizada a partir da configuração de  personagens que, no exílio, assumem uma estatura que não corresponde ao seu tamanho real.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASSIS, Machado de. Conto Alexandrino. In: ______. 50 contos escolhidos de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 191-199.

AUERBACH, Erich. Na mansão de la mole: a representação da realidade na literatura. In: Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2004. p.405-442.

CHICOTE, Francisco García. Sátira em Marx y Engels. Revista Cerrados, v. 27, n. 47, p. 58-78, 2018.

______. Sobre Los grandes hombres del exilio, de Karl Marx y Friedrich Engels. Exilibris, Revista del Departamento de Letras da Universidad de Buenos Aires, n. 4, p. 531-536, 2015.

COSTA, Flávio Moreira. Batracomiomaquia (A guerra entre rãs e ratos). In: Os cem melhores contos de humor da literatura universal. São Paulo: Pocket Ouro – Martins Fontes, 2009.

ENGELS, Friedrich. Para a história da Liga dos Comunistas. In: ______. Obras escolhidas. Tradução José Barata-Moura. Lisboa; Moscovo: Edições Progresso; Avante, 1982. (tomo III). p. 192-212.

GRANJA, Lúcia. Antes do livro, o jornal: “Conto Alexandrino”. Luso-Brazilian review, Board of the Regents of the University of Wisconsin Sistem, v. 46, n. 1, p.106-114, 2009.

LUKÁCS, György. A questão da sátira. Arte e sociedade: escritos estéticos 1932-1967. In: COUTINHO, Carlos Nelson; PAULO NETTO, José (Org.). Rio de Janeiro: UFRJ, 2011. p.163-191.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel. Introdução. São Paulo: Expressão Popular, 2017.

______. Escritos ficcionais: Escorpião e Felix; Oulanem. Tradução Cláudio Cardinali, Flávio Aguiar e Tercio Redondo. São Paulo: Boitempo, 2018.

______. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Tradução Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2011.

MARX, Karl et al. Los grandes hombres del exilio. Buenos Aires: Las cuarenta, 2015.

SALINAS, Martín. Karl Marx y Friedrich Engels. Los grandes hombres del exilioHerramienta, Revista de debate e crítica marxista, n. 58, p. 2015. Disponível em: <https://herramienta.com.ar/articulo.php?id=2539>. Acesso em: 01 jul. 2018.

SOTELO, Laura. Acerca de Los grandes hombres del exilio de Marx, Engels y Dronke. Constelaciones, Revista de Teoria crítica, n. 7, p.266-289, 2015.

Downloads

Publicado

2019-04-10

Como Citar

CORRÊA, A. L. dos R.; HESS, E. "Não é esse o ofício dos deuses? ” A sátira e o tamanho real dos grandes homens do exílio em Marx e Machado de Assis. Signótica, Goiânia, v. 31, 2019. DOI: 10.5216/sig.v31.56735. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sig/article/view/56735. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê