Ciência e racismo nos retratos literários de Jules Verne
DOI:
https://doi.org/10.5216/sig.v26i1.25213Palavras-chave:
Jules Verne, retratos literários, fisiognomonia, interdiscurso, racismo, habitus.Resumo
Este texto discute a relação interdiscursiva entre o literário e o científico, isto é, entre os discursos de Jules Verne e aqueles de Lavater e Gall, tomando como corpus os retratos dos personagens dos romances Cinco semanas num balão (1863), Os filhos do capitão Grant (1867) e O Chancellor (1875). Operando no âmbito de um paralelismo intersemiótico, usaremos o conceito de interdiscurso sintetizado por Dominique Maingueneau e Patrick Charaudeau (2002). A relação interdiscursiva que ora apresentamos está ligada à utilização e à naturalização de discursos científicos que visam a inscrever, cultural e historicamente, as imagens dos personagens de Verne, maneira pela qual o autor das Viagens extraordinárias legitima seu discurso, perpetuando um habitus dominante etnocêntrico.
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Copyright (c) 2014 Edmar Guirra dos Santos, Pedro Paulo Garcia Ferreira Catharina
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