O uso da Língua Brasileira de Sinais para a promoção da inclusão em museus: revisando a literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/rs.v6.63943

Palavras-chave:

Língua Brasileira de Sinais- Libras. Museu. Inclusão. Surdos.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo principal compreender como a elaboração e execução de atividades específicas em museus, voltadas à comunidade surda, podem ser aliadas para a inclusão destes visitantes. Para a coleta de dados, foi realizada uma pesquisa bibliográfica a partir dos bancos de dados on-line BDTD-IBICT e Google Acadêmico, abrangendo os anos de 2009 e 2019. Os resultados obtidos foram divididos em três eixos: recursos humanos, recursos estruturais e recursos visuais. Conclui-se que é indispensável a presença de mediadores e funcionários surdos como condição para a elaboração de atividades, mas também a presença de pessoal capacitado, surdos ou ouvintes, para a realização da tradução e interpretação. Cabe às instituições promoverem atividades de formação e capacitação voltadas aos funcionários e à comunidade em geral, ampliando a acessibilidade. Sugere-se a criação de uma coordenadoria específica para assuntos que envolvam a acessibilidade e inclusão, permitindo o desenvolvimento de atividades para os surdos.

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Biografia do Autor

Gabriela Sehnem Heck, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: heck.gs@gmail.com

ossui graduação em Ciências Biológicas -Licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2015-2018), com Menção Honrosa e Láurea Acadêmica. Atualmente é Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com bolsa de Dedicação Exclusiva da CAPES (2019- atual). Tem certificação em Curso em Língua Brasileira de Sinais nível Básico (2018), Intermediário (2019) e Avançado (2019) pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS-RS. Trabalhou como bolsista de Iniciação Científica no Laboratório de Bioquímica Estrutural (LaBioQuEst - PUCRS), com pesquisas relacionadas à Docking Molecular; no Laboratório de Geobiologia do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR-PUCRS), exercendo experimentos com cultivo de microrganismos obtidos a partir de folhas e submetidos a diferentes meios e atmosferas, para simular as condições do planeta Marte; e no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) com Educação Inclusiva e atividades em Libras, realizando ?Minutos da Ciência? sobre a Língua Brasileira de Sinais na exposição do museu. Atualmente pesquisa temas relacionados à Educação Inclusiva, Educação de Surdos, Educação em Libras e Educação em Espaços não-formais de Ensino. 

José Luis Schifino Ferraro, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: jose.luis@pucrs.br

Doutor em Educação. Professor dos Programas de Pós-Graduação em Educação e Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Publicado

2021-06-02

Como Citar

HECK, G.; FERRARO, J. L. S. O uso da Língua Brasileira de Sinais para a promoção da inclusão em museus: revisando a literatura. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 6, 2021. DOI: 10.5216/rs.v6.63943. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/63943. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

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Artigos