L’INVERSION DES PRINCIPES DU CONTRAT ADMINISTRATIF - DOI: http://dx.doi.org/10.5216/rfd.v41i3.46386

Resumo

Résumé: Le présent article vise à atténuer la compréhension traditionnelle de l'inégalité du contrat administratif, à la différence du contrat en droit civil dont les relations sont souvent présentées comme régie par l'égalité. Pour cela, il est clair, tout d'abord, le fait que l'exorbitante se traduit également par la soumission de l'administration et des droits en faveur du contrat privé. De même, il se distingue par une seconde fois, que le principe de mutabilité des contrats administratifs ne se manifeste pas toujours par une génération de modification unilatérale de l'inégalité en faveur de la personne publique, comme dans le cas d'imprévisibilité, le droit L'équilibre financier vise à rétablir l'égalité dans le secteur privé. On observe enfin que la Cour de cassation, soucieux de préserver l'équité et la justice contractuelle dans les relations entre les individus, renforce leur compréhension afin d'admettre la théorie de l'imprévisibilité dans le droit privé, ce qui conduit à atténuer ce dichotomique opposition entre les contrats administratifs et privés.

Abstract: The goal of this article is to modify the traditional assumption according to which the administrative contract is the privileged center of a form of equality favouring the administration, as opposed to private contracts which are considered the touchstone of equality. By studying the law governing administrative contracts it is revealed in fact that exorbitance can equally appear in the form of constraints imposed on the contracting administration but also in the form of exorbitant rights granted to the co-contracting party. On the other hand, it has to be stressed that mutability can manifest itself in another way than unilateral modification and thus favour equality. This is actually the case of the unpredictability based on the right to financial equilibrium. Moreover, it is important to remind that the increasing need for equity and contractual justice can explain the recent evolution of the case-law of the Cour de cassation leading it to accept the theory of unpredictability with regard to relations between private individuals and thus alleviate the classical opposition between administrative and private contracts.

Resumo: Este presente artigo visa mitigar o entendimento tradicional da desigualdade do contrato administrativo, diferentemente do contrato em direito civil cujas relações são comumente apresentadas como regidas pela igualdade. Para tal, evidencia-se, num primeiro momento, o fato de que a exorbitância também se traduz em sujeições para a Administração e em direitos em favor do particular contratado. No mesmo sentido, destaca-se, num segundo tempo, que o princípio de mutabilidade dos contratos administrativos não sempre se manifesta por meio de uma modificação unilateral geradora de desigualdade em prol da pessoa pública, uma vez que, em caso de imprevisão, o direito ao equilíbrio financeiro busca restabelecer a igualdade em proveito da parte privada. Observa-se, por fim, que a Corte de cassação, preocupada em preservar a equidade e a justiça contratual no âmbito das relações entre particulares, vem consolidar o seu entendimento no sentido de admitir a teoria da imprevisão em direito privado, o que leva a atenuar essa oposição dicotômica entre contratos administrativo e privado.