Redes cooperativas de pesquisa e CT&I no Brasil: uma análise espacial do DGP, 2016

Regiões de Aprendizado e de Escassez

Autores

  • Bernardo França Santos UFMG
  • Daniel Augusto Rodrigues Barreto UFMG

DOI:

https://doi.org/10.5216/reoeste.v10i1.79590

Palavras-chave:

redes cooperativas de pesquisa, autocorrelação espacial, interação universidade-empresa

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar os arranjos regionais e espaciais das Redes Cooperativas de Pesquisa do Brasil, através da análise exploratória de dados espaciais da base de dados Diretórios de Grupos de Pesquisa (DGP) da CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 2016), dados que representam parte significativa da IUE (Interação Universidade-Empresa), uma das bases dos sistemas de inovação. A partir dos resultados foi possível identificar que existem, no Brasil, Regiões concentradas da atividade das Redes, conformando um corredor de aprendizado (e CT&I), no sentido Sul-Sudeste, ao passo que no interior Norte-Nordestino há grandes Regiões de Escassez em ciência, tecnologia e inovação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, E. National Systems of Innovation and Non-OECD Countries: Notes About a Tentative Typology. Revista de Economia Política, v. 19, n. 4. 1999.

________. Immature systems of innovation: introductory notes about a comparison between South Africa, India, Mexico and Brazil based on science and technology statistics. In: GLOBELICS CONFERENCE, 1., Rio de Janeiro: GLOBELICS, 2003.

________. Revoluções tecnológicas e general purpose technologies: mudança técnica, dinâmica e transformações do capitalismo. (cap. 2) Economia da ciência, tecnologia e inovação Fundamentos teóricos e a economia global 2.ed. Belo Horizonte: FACE – UFMG, 2021. 711 p. : il. (População e economia)

ALMEIDA, E. S. Econometria Espacial. Campinas–SP. Alínea. 2012

ANSELIN, L. Exploring spatial data with geodatm: a workbook.Center for spatially integrated social science, pages 165–223. 2005

BENKO, Georges. Economia, Espaço e Globalização. São Paulo, Hucitec, 1999.

BOSCHMA, R. Proximity and innovation. A critical assessment. Regional Studies, n. 39, p. 61- 74, 2005.

BOSCHMA, R.; IAMMARINO, S. Related variety, trade linkages, and regional growth in Italy. Economic Geography, v. 85, n. 3, p. 289-311, 2009.

BOZI, R. C.; PINHEIRO, M. K. P. - Território, inovação e universidade: construção deidentidade na economia da informação e do conhecimento. VII ESOCITE.BR tecsoc - ISSN ∕ 1808-8716 Reis, Pinhiero. Anais VII Esocite.br/tecsoc 2017; 2(gt9):1-17

CANO, Wilson. Questão regional e urbanização no desenvolvimento econômico pós-1930. ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS. 6, 1988, Olinda, Anais .. Belo Horizonte, ABEP, 1988, v.2 p. 67-80

CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M.V. Introdução à Ciência da Geoinformação. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/livros.html. Acesso em: março de 2005.

CARVALHO, M.S.; CÂMARA, G.; CRUZ, Oswaldo Gonçalves; CORREA, Virgínia. (eds) "Análise Espacial de Dados Geográficos". Brasília, EMBRAPA, 2004 (ISBN: 85-7383-260-6).

CARVALHO, P.F.B.; Introdução à Quantificação em Geografia. adaptação do texto extraído da dissertação de mestrado do autor, em Tratamento da Informação Espacial, pela PUCMINAS, desenvolvida com orientação do Prof. Dr. Leônidas Conceição Barroso e coorientação do Prof. Dr. João Francisco de Abreu, 2019.

CASSIOLATO, J. E.; Lastres, H. Sistemas de Inovação e Desenvolvimento: as implicações de política. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, jan./mar. 2005

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CHANG, H.; Andreoni. A. The political economy of industrial policy: Structural interdependencies, policy alignment and conflict management. Structural Change and Economic Dynamics, v.48, p.136–150, 2019.

CHIARINI, T. Ciência: avanços e interações - Economia da ciência, tecnologia e inovação Fundamentos teóricos e a economia global 2.ed. Belo Horizonte: FACE – UFMG, 2021. 711 p. : il. (População e economia).

CNPq. (2016) Diretório dos Grupos de Pesquisa, http://lattes.cnpq.br/censo.

COOKE, P.; MORGAN, K. The associational economy: Firms, regions and innovation. Oxford, UK: Oxford University Press, 1998.

COOKE, P.; URANGA, M.; ETXEBARRIA, G. (1997) Regional Innovation Systems: Institutional and Organizational Dimensions, Research Policy, 26(4-5), p. 475-491, 1997.

DALLE, D., Fossati, V., Lavopa, F. Política industrial:¿ el eslabón perdido en el debate de las Cadenas Globales de Valor? Revista Argentina de Economía Internacional, 2, 3-16, 2013.

DINIZ, Clélio Campolina; LEMOS, Mauro Borges. Economia e Território. Belo Horizonte, UFMG, 2005. p. 21-56.

DINIZ, Clélio Campolina. Desenvolvimento poligonal no Brasil: nem desconcentração, nem contínua polarização. In: Nova Economia. Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG, v. 3, n.. 1, set. 1993.

FERNANDES, A. C. Sistema Territorial de Inovação “A diversidade da Geografia brasileira. Escalas e dimensões de análise e da ação”, organizado por Eliseu Sposito et al. Rio de Janeiro, Consequência Editora, 2016, pp. 113-143.

FILHO, Alcides Goularti. A QUESTÃO REGIONAL NO BRASIL: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE. Textos de Economia, Florianópolis, v.9, n.1, p.09-22 , jan./jun.2006

FREEMAN, C. Technology and Economic Performance: Lessons from Japan. London: Pinter Publishers, 1987.

FREEMAN, C.; PEREZ, C. Structural crises of adjustment:business cycles and investment behaviour. In: DOSI, G. et al (Ed.). Technical change and economic theory. London: Pinter. 1988

FREITAS JÚNIOR, Adirson Maciel de; BARROS, Pedro Henrique Batista de; STEGE, Alysson Luiz; SANTOS, Cárliton Vieira dos; HILGEMBERG, Cleise Maria de Almeida Tupich. Distribuição espacial da inovação na região sul do Brasil de 2005 a 2015, a partir da análise exploratória de dados espaciais. Revista de Desenvolvimento Econômico – RDE, Salvador, v.1, n.48, p.31-59, abr., 2021.

GARCIA, R.. – Geografia da Inovação. Economia da ciência, tecnologia e inovação Fundamentos teóricos e a economia global 2.ed. Belo Horizonte: FACE – UFMG, 2021. 711 p. : il. (População e economia).

GARCIA, R.; ARAÚJO, V.; MASCARINI, S.; SANTOS, E. G. Os efeitos da proximidade geográfica para o estímulo da interação universidade-empresa. Revista de Economia, Editora UFPR, v. 37, n. especial,p. 307-330, 2011.

GERTLER, Meric. Tacit Knowledge and the Economic Geography of Context or The Undefinable Tacitness of Being (There). Journal of Economic Geography, vol. 71, n.1, p.75-99, 2003.

GONÇALVES, E. O Padrão Espacial da Atividade Inovadora Brasileira: Uma Análise Exploratória. Est. econ., São Paulo, v. 37, n. 2, p. 405-433, ABRIL-JUNHO 2007

GONÇALVES, E.; FAJARDO, B. A. G. A INFLUÊNCIA DA PROXIMIDADE TECNOLÓGICA E GEOGRÁFICA SOBRE A INOVAÇÃO REGIONAL NO BRASIL Rev. Econ. Contemp., Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 112-142, jan-abr/2011

IBGE, Estimativas da População 2016. Disponível em < www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?edicao=17283&t=downloads>

LEMOS, D. C.; CARIO, S. A. F., Análise da interação universidade-empresa para o desenvolvimento inovativo a partir da perspectiva teórica institucionalista-evolucionária. Rev. Bras. Inov., Campinas (SP), 14 (2), p. 361-382, julho/dezembro 2015

LOPES, G. R., Pelarigo, K. J., Delbem, A. C., & de Sousa, J. B. Análise Exploratória de Dados Espaciais com Python. Sociedade Brasileira de Computação. 2022

MACEDO, D.; LOBO, C. F. Indicadores de associação e correlação espacial global e local: I Moran e LISA. Slides Aula 3: Métodos de Análise Espacial. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2022.

MARSHALL, Alfred. Principles of Political Economy. Londres, 1890.

MASSEY, Doreen. Space, place and gender. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1994.

NELSON, R. R. National innovation systems: a retrospective on a study. Industrial and Corporate Change, v. 1, n. 2, p. 347-374, 1992.

NELSON, R. R. What enables rapid economic progress: what are the needed institutions? Research Policy, 37: 1-11. 2008

OLIVEIRA, Arlindo Figueirôa Escobar Teixeira. AS REDES DE PESQUISA DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO NORTE E NORDESTE: OS REBATIMENTOS DAS REDES COORDENADAS PELA UFRN NA CT&I DO RIO GRANDE DO NORTE. Dissertação de Mestrado UFRN, Natal, 2017.

PINHO, M. Mais do que se supõe, menos do que se precisa: relações entre universidades e empresas no Brasil. In: Garcia, R., Rapini, M., Cario, S. Estudos de caso da interação universidade-empresa no Brasil, Belo Horizonte, FACE/UFMG, 35-57. [ Links ] 2018.

RAPINI, M.S.; OLIVEIRA, V. P.; NETO, F.C. A natureza do financiamento influencia na interação universidade-empresa no Brasil? Revista Brasileira de Inovação, Campinas (SP), 13 (1), p. 77-108, janeiro/junho 2014

RAPINI, M.S.; Chiarini, T.; de Queiroz Stein, A. Universities in Inclusive Regional Innovation Systems: Academic Engagement and Uneven Knowledge Use in Brazil. J. Reg. Sci., 64, 108–135. 2024

RESENDE, André Lara. A camisa de força ideológica da macroeconomia. 2022.

ROCHA, F. Qual o efeito do apoio governamental à inovação sobre o gasto empresarial em P&D? Evidências do Brasil, Revista Brasileira de Inovação, 14, p. 37-60. 2015.

SANTOS, Bernardo França. A pesquisa brasileira e suas interações no território brasileiro – uma perspectiva geográfica a partir do DGP (CNPq). 2022. Monografia (Bacharelado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022.

SANTOS, F. P.; AMARAL, P.; LUZ, L. EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR E A DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 25, e202317, 2023 https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202317

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: Do pensamento único à consciência universal. SP/RJ: Record, 2000a.

SCHILLER, D.; LEE, K. Are university–industry links meaningful for catch up? A comparative analysis of five Asian countries. Developing National Systems of Innovation – University Industry Interactions in the Global South. © International Development Research Centre 2015 Edward Elgar Publishing LimitedThe Lypiatts 15 Lansdown RoadCheltenham Glos GL50 2JA UK

SCHUMPETER, J. A. Business cycles: a theoretical, historical and statistical analysis of the capitalist process. Philadelphia: Porcupine, 1989 [1939].

SIMÕES, R., BAESSA, A; ALBUQUERQUE, E.; CAMPOLINA, B., & Silva, L. A distribuição espacial da produção científica e tecnológica brasileira: uma descrição de estatísticas de produção local de patentes e artigos científicos. Revista Brasileira de Inovação. 2002

STORPER, M.; VENABLES, A. J. O burburinho: a força econômica da cidade. In: Economia e território. p. 21-56. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

SUZIGAN, Wilson; ALBUQUERQUE, E. M. A interação entre universidades e empresas em perspectiva histórica no Brasil / Wilson Suzigan; Eduardo da Motta e Albuquerque. - Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2008. 27p. (Texto para discussão ; 329)

TUNES, R. « Geografia da inovação: o debate contemporâneo sobre a relação entre território e inovação », Espaço e Economia [Online], 9 | 2016, posto online no dia 19 janeiro 2017, consultado o 24 março 2020. URL : http://journals.openedition.org/espacoeconomia/2410 ; DOI : https://doi.org/ 10.4000/espacoeconomia.

Downloads

Publicado

2025-05-19

Como Citar

FRANÇA SANTOS, B.; AUGUSTO RODRIGUES BARRETO, D. Redes cooperativas de pesquisa e CT&I no Brasil: uma análise espacial do DGP, 2016 : Regiões de Aprendizado e de Escassez. Revista de Economia do Centro-Oeste, Goiânia, v. 10, n. 1, p. 132–167, 2025. DOI: 10.5216/reoeste.v10i1.79590. Disponível em: https://revistas.ufg.br/reoeste/article/view/79590. Acesso em: 24 jun. 2025.

Edição

Seção

Especial ENEI 2024