MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM PONTES DE CONCRETO ARMADO NO RIO ITAJAÍ-MIRIM (BRUSQUE/SC)

Autores

  • André Felipe Bozio Instituto Brusquense de Planejamento, Prefeitura Municipal de Brusque Brusque, Brusque, Santa Catarina, Brasil. andrefbozio@gmail.com
  • Fabiane Fisch Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Itajaí - Santa Catarina, Brasil. fabianebarragens@hotmail.com https://orcid.org/0000-0002-9011-7020

DOI:

https://doi.org/10.5216/reec.v19i2.68614

Palavras-chave:

Concreto armado, Pontes, Patologia, Rio Itajaí-Mirim, Brusque, Manifestações patológicas

Resumo

Atualmente, o concreto armado é o material mais utilizado na construção civil, seja em obras de pequeno, médio ou grande porte, como em obras de artes especiais. Contudo, um fato está deixando o mercado da construção civil em alerta: a rápida degradação dos elementos estruturais construídos com esse material está diminuindo sua durabilidade e vida útil. As estruturas em concreto armado sofrem danos decorrentes não apenas das fases de projeto ou execução das obras, mas também das fases de uso, devido à interação com meio ambiente agressivo nos quais se encontram, ao mau uso da obra (devido a sobrecargas não previstas) e à ausência de manutenção adequada da construção. O presente trabalho objetivou fazer um levantamento de manifestações patológicas em cinco pontes de concreto armado, localizadas na cidade de Brusque (SC), as quais têm a função de transpor o Rio Itajaí-Mirim. Foram realizadas visitas às cinco pontes analisadas para coleta de dados quantitativos dos elementos estruturais e das manifestações patológicas. As diferentes manifestações foram registradas através de fotografias. Como resultados encontramos manifestações patológicas em todas as cinco pontes consideradas neste estudo, sendo a mais recorrente as manchas de infiltração, a desagregação do concreto e a corrosão das armaduras. A ponte 2 (Arthur Schlöesser) apresentou o maior número de manifestações (n:5) e a ponte 3 (Mário Olinger) o menor (n:2).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Felipe Bozio, Instituto Brusquense de Planejamento, Prefeitura Municipal de Brusque Brusque, Brusque, Santa Catarina, Brasil. andrefbozio@gmail.com

Eng. Civil, Mestre, diretor, Instituto Brusquense de Planejamento - Prefeitura Municipal de Brusque/SC - andrefbozio@gmail.com

Fabiane Fisch, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Itajaí - Santa Catarina, Brasil. fabianebarragens@hotmail.com

Advogada, Bióloga, Doutora, professora, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí - Santa Catarina - fabianebarragens@hotmail.com

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7187: Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido – Procedimento (1. ed.). Rio de Janeiro, 2003.

__________ NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. (2. Ed) Rio de Janeiro, 2014.

__________ NBR 7188: Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas (2. ed.). Rio de Janeiro, 2013.

_________. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — procedimento (3 ed.). Rio de Janeiro, 2014.

ARAÚJO, A.; PANASSIAN, Z. Inspeção rotineira de estruturas de concreto armado expostas a atmosferas agressivas. Téchne, 177, 58-64. 2011.

BASTOS, H.C.N.; MIRANDA, M.Z. Principais patologias em estruturas de concreto de pontes e viadutos: manuseio e manutenção das obras de arte especiais. Revista CONSTRUINDO, 9, 93–101. 2017.

BEZERRA, D.P.; DINIZ, M.I.L.; SOUSA, K.S.F.; DELFINO, L.M. Avaliação Patológica e Proposta de Restauração em Estruturas de Concreto Armado – Estudo de Caso de uma Ponte do Município de Pirpirituba – PB. In Anais do X Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, 239, (pp. 1-10). http://www.abpe.org.br/trabalhos2018.htm. Rio de Janeiro/RJ. 2018.

BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários. - Rio de Janeiro, 159p. (IPR. Publ., 744), 2010. https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/744_manual_recuperacao_pontes_viadutos.pdf

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE. DNIT 010/2004 - PRO: inspeções em pontes e viadutos de concreto armado e protendido - procedimento. Rio de Janeiro, 2004.

__________ Manual de manutenção de obras de arte especiais - OAES: manual de manutenção de obras de arte especiais – OAE’s. Brasília, 2010.

FARRAPO, M.A.F.; AMORIM, B.R.; FURTADO, F.A.; MONTEIRO, L.M.S.; LINHARES, P.R.P.; COELHO, F.C.A. Análise das manifestações patológicas apresentadas na ponte sobre o rio Aracaú, Sobral-PE. In Anais.do Congresso Internacional sobre Patología y Recuperacíon de Estructuras, 2013. http://www.casadagua.com/wp-content/uploads/2014/02/A1_099.pdf. João Pessoa/PB.

FREITAS, B.A.; SOUSA, A.O.; SANTOS, A.F.S.; FARIAS, M.L.A. Estudo das manifestações patológicas em pontes de concreto armado na região do Curimataú Oriental Paraibano. In Anais da.Conferência nacional de patologia e recuperação de estruturas. 2017. http://revistas.poli.br/~anais/index.php/CONPAR/article/view/598. Recife/PE

GENTIL, V. Corrosão (6 ed.). Rio de Janeiro: LTC. 2014.

HELENE, P. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. São Paulo: Editora Pini Ltda. 1992. 216p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Panorama sobre o município de Brusque/SC. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/brusque/panorama. 2017a.

__________ Catálogo/Biblioteca: Rio Itajai-Mirim. https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html?id=449452&view=detalhes. 2017b.

KROETZ, D.; MARTINS DE QUADROS, G. Qualidade e durabilidade das estruturas de concreto armado: dez pilares fundamentais. Revista dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia de Produção, 2(1), 55-79. 2017.

LOURENÇO, L.C.; ALVES, V.R.; JORDY, J.C.; MENDES, L.C. Parâmetros de Avaliação de Patologias em Obras-de-Arte Especiais. Engenharia Civil- Universidade do Minho, 34, 5-14. 2009.

MAIA, D.A.; BARBOSA, A.H. Descrição qualitativa das manifestações patológicas da ponte Presidente Dutra. CONPAR– In Anais da Conferência Nacional de Patologia e Recuperação de Estruturas. 2017. http://revistas.poli.br/index.php/CONPAR/article/view/676. Recife/PE.

MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado (1 ed.). São Paulo: Edgar Blücher. 2008.

MARIA JÚNIOR, A.F.; GONÇALVES, G.S. Estudo das Manifestações Patológicas na Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu. Revista Pensar Engenharia, 5(2). 2017.

MEDEIROS, A.G.; SA, M.V.V.A.; SILVA FILHO, J.N.; ANJOS, M.A.S. Aplicação de metodologias de inspeção em ponte de concreto armado. Ambiente Construído, 20(3), 687-702. 2020.

MENDES, L.C.; LOURENÇO, L.C.; ALVES, V.R.; LOURENÇO, M.V.C.; JORDY, J.C. Pontes em concreto armado em meios de elevada agressividade ambiental. In Anais do Congresso Internacional sobre Patología y Recuperacíon de Estructuras. www.cinpar2010.com.ar. Córdoba/Argentina. 2010.

MEHTA, P.K.; MONTEIRO, P.J.M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais (2 ed.) São Paulo: Nicole Pagan Hasparyk. 782p. 2014.

MINATTI-FERREIRA, D.D.; BEAUMORD, A.C. Adequação de um protocolo de avaliação rápida de integridade ambiental para ecossistemas de rios e riachos: aspectos físicos. Revista Saúde e Ambiente, 7(1), 39-47. 2006.

NUNES, P.C.C. Estudo das pontes. Revista Tecnologias em Projeção, 10(2), 121-134. 2019.

OLIVEIRA, F.; OLIVEIRA, F.; ARAÚJO, W. Avaliação e Recuperação de Estrutura de Concreto Armado: Um Estudo de Caso. In Anais da Conferência nacional de patologia e recuperação de estruturas. 2017. http://revistas.poli.br/index.php/CONPAR/article/view/640. Recife/PE.

OLIVEIRA, L.A.A.; SILVA NUNES, L.A. Estudo da infiltração por umidade ascendente em residências unifamiliares. Universidade Federal rural do semiárido - Ufersa Curso de bacharelado em ciência e tecnologia.2020. http://ufersa.edu.br

PFEIL, W. Pontes em concreto armado: elementos de projetos, solicitações, dimensionamento. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda. 1979.

RILEM, T.C. Recommendations for the Testing and Use of Constructions Materials. Editor(s): RILEM, 640p. 1994.

ROCHA, E.A.; MELO, F.J.S.A.; SILVA, S.V.; MONTEIRO, E.C.B.M.; GALVÃO, R.G. Pathological Manifestations on Concrete Bridges at Recife’s Metropolitan Area. Journal of Civil Engineering and Architecture, 9, 1060-1068, 2015

ROHAN, U.; SOARES, C.A.P.; FRANÇA, S.L.S.; MEIRINÕ, M.J. Agressividade ambiental em estruturas de pontes e os impactos negativos ao meio ambiente dessas construções: análise per - modelo pressão-estado-resposta. Área temática: Gestão Ambiental e Sustentabilidade. In Anais do XII Congresso Nacional de Excelência em Gestão & III Inovarse-Responsabilidade Social Aplicada. 29 a 20 de dezembro de 2016. https://www.inovarse.org/sites/default/files/T16_390.pdf. 2016.

SANTOS, A. V. B. Corrosão de armadura em estruturas de concreto armado devido a carbonatação. Revista Especialize On-line IPOG, 10(1). 2015.

SANTOS, D.C.P.; VITÓRIO, J.A.P. Um Estudo das Manifestações Patológicas e das Condições Estruturais da Ponte sobre o Rio Igarassu na BR 101/PE. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, 1(3), 105-114. 2016.

SANTOS, A.G.F.S.; SOUSA, A.O.; FARIAS, M.L.A.; PONTES, V.F.J. Levantamento das manifestações patológicas de uma ponte de concreto armado junto as suas possíveis técnicas de recuperação. In Anais da Conferência nacional de patologia e recuperação de estruturas. http://revistas.poli.br/~anais/index.php/CONPAR/article/view/621. Recife/PE. 2017.

SHIRAKAWA, M.A.; MONTEIRO, M.B.; SILVA, S.; CONCOTTO, M.A. Identificação de fungos em revestimentos de argamassas com bolor evidente. In Anais do I Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas. https://www.gtargamassas.org.br/eventos/file/36-identificacao-de-fungos-em-revestimentos-de-argamassa-com-bolor-evidente. Goiania/GO. 1995.

SILVA, V.M. Análise das manifestações patológicas verificadas na 4ª Ponte sobre o Rio Acre, Rio Branco – AC. Revista Especialize On-line IPOG, 10(1), 1-14. 2015.

SILVA, A.C.; CAMPOS, G.R.; SANTOS FILHO, M.L.S. Análise de manifestações patológicas em obras de artes especiais – estudo de caso e propostas de recuperação. Revista Técnico-Científica do CREA-PR, 1-15. 2017.

SITTER, W.R. Costs for service life optimization. The “Law of fives”. In CEBRILEM. Durability of concrete structures. Proceedings of the international workshop held in Copenhagen, p. 18-20, Copenhagen. (Workshop Report by Steen Rostam). 1984.

SOUSA, N.M.; NASCIMENTO, E.; PORTELA, M.; FIGUEIREDO, A. Estudo de caso: avaliação patológica da ponte rodoviária da rua José Borba Filho, Monteiro-PB. In Anais da Conferência nacional de patologia e recuperação de estruturas, http://revistas.poli.br/~anais/index.php/CONPAR/article/view/621. Recife/PE. 2017.

THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. Co-edição IPT/EPUSP/PINI, 2003.

VITÓRIO, J.A.P. Vistorias, conservação e gestão de pontes e viadutos de concreto. In Anais do Congresso Brasileiro do Concreto, http://vitorioemelo.com.br/publicacoes/Vistorias_Conservacao_Gestao_Pontes_Viadutos_Concreto.pdf. Rio de Janeiro/RJ. 2006.

Downloads

Publicado

2023-12-28

Como Citar

FELIPE BOZIO, A.; FISCH, F. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM PONTES DE CONCRETO ARMADO NO RIO ITAJAÍ-MIRIM (BRUSQUE/SC). REEC - Revista Eletrônica de Engenharia Civil, Goiânia, v. 19, n. 2, p. 37–48, 2023. DOI: 10.5216/reec.v19i2.68614. Disponível em: https://revistas.ufg.br/reec/article/view/68614. Acesso em: 20 dez. 2024.