Encantarias brasileiras. A emergência de religiosidades híbridas Afro-Ameríndias: o caso do mestre Irineu Serra – DAIME
DOI:
https://doi.org/10.5216/racs.v3i1.55385Palavras-chave:
Encantarias, Religiosidades híbridas, Religiosidade afro-ameríndias, IdentidadesResumo
Este artigo aborda as tramas da emergência de religiosidade híbridas de
matrizes afro-ameríndias centradas no uso ritualístico da ayahuasca a
partir do estudo do caso do Daime, religiosidade cuja linhagem foi fundada
pelo maranhense Raimundo Irineu Serra, em Rio Branco, Acre, durante o
chamado ciclo da Borracha. Trata-se do estudo de religiosidades híbridas
frutos de processos identitários diaspóricos em espaços transnacionais
das fronteiras amazônicas, marcados por tradições dos encantados, num
universo onde há a ausência da separação entre o mundo e o sagrado, em
que se mesclaram o xamanismo e a pajelança ameríndia-cabocla com
as matrizes africanas formando novas religiosidades, embora também
fortemente influenciadas pelo discurso hegemônico cristão.
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