Autonomia artificial

o caráter fetichista da tecnologia e seu segredo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v29i1.78529

Palavras-chave:

inteligência artificial, racionalidade tecnológica, fetichismo, Marx, Marcuse.

Resumo

A tecnologia de aprendizado de máquina fez com que as inteligências artificiais aprendessem, de certa forma, por conta própria. Isso fez com que surgisse preocupação e encantamento por uma suposta autonomia dos sistemas automatizados. No entanto, em que pesem os processos de automação, isso não faz com que as máquinas sejam realmente autônomas, ainda que pareçam. Essa aparência de autonomia é sustentada por muito trabalho humano escondido. Por trás do véu tecnológico o que existe é um exército de trabalhadores que sustentam o bom funcionamento dos algoritmos. Esse fenômeno não é uma novidade nem um ponto fora da curva no desenvolvimento tecnológico. Marx, n’O Capital, já havia explicado o processo que transforma os trabalhadores em peças da engrenagem e a maquinaria da indústria em sujeito. Marcuse, dando continuidade a essa ideia, argumenta que disso surgiu uma racionalidade tecnológica que submete os seres humanos à lógica das máquinas. Pretende-se com esse artigo apresentar as análises desses filósofos sobre essa relação humano-máquina e oferecer uma perspectiva para superar essa inversão que coloca as pessoas à serviço da tecnologia.

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Biografia do Autor

Cristian Arão Silva de Jesus, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Distrito Federal, Brasil, cristian_arao@hotmail.com

Doutor em filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, 2021), realizou mestrado (UFBA, 2016) e graduação (UFBA, 2013) em filosofia pela mesma instituição. Atualmente realiza pesquisa de pós-doutorado junto ao projeto "Inteligência artificial: desafios filosóficos" no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília.

 

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Publicado

30-06-2024

Como Citar

JESUS, C. A. S. de. Autonomia artificial: o caráter fetichista da tecnologia e seu segredo. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 29, n. 1, 2024. DOI: 10.5216/phi.v29i1.78529. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78529. Acesso em: 17 jul. 2024.