NIETZSCHE E AS TERAPIAS HELENISTAS: ESTÓICOS E EPICURISTAS COMO PRECURSORES DO CRISTIANISMO

Auteurs-es

  • Marta Faustino IFILNOVA (Instituto de Filosofia da Nova) UNL-FCSH

DOI :

https://doi.org/10.5216/phi.v21i2.43133

Mots-clés :

Estoicismo, Epicurismo, Filosofia como Terapia, Cristianismo.

Résumé

O presente artigo tem como foco a relação ambivalente de Nietzsche com os filósofos do período helenista, em particular os estóicos e os epicuristas. Mais concretamente, procuraremos determinar por que razão, apesar da extraordinária influência que estas escolas exerceram no seu pensamento, Nietzsche se lhes viria a opor tão violentamente na fase mais tardia da sua obra. Seguindo o trilho da avaliação que Nietzsche faz destes filósofos terapeutas enquanto, ele próprio, "médico da cultura", verificaremos que as principais críticas de Nietzsche a estas escolas são muito semelhantes às que dirigiria ao cristianismo e vão ao encontro da própria ideia de terapia, tal como tradicionalmente concebida. Defenderemos que Nietzsche vê os filósofos helenistas como importantes precursores do cristianismo, responsabilizando-os pela criação do enquadramento e mundividência sem os quais este não se teria podido desenvolver. Tanto estóicos como epicuristas se revelam, assim, "pseudo-médicos", razão pela qual, como concluiremos, Nietzsche os vê como promotores fundamentais do niilismo que diagnostica na cultura ocidental.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Téléchargements

Publié-e

2017-01-19

Comment citer

FAUSTINO, M. NIETZSCHE E AS TERAPIAS HELENISTAS: ESTÓICOS E EPICURISTAS COMO PRECURSORES DO CRISTIANISMO. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 21, n. 2, p. 161–196, 2017. DOI: 10.5216/phi.v21i2.43133. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/43133. Acesso em: 22 juill. 2024.

Numéro

Rubrique

Dossiê de Artigos Originais