Da cama de Procusto à régua de Lesbos
uma proposta de didática particularista
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v28i2.76974Palavras-chave:
Particularismo, Aristóteles, Didática, Phronesis, Deliberação, Didática Particularista.Resumo
O presente artigo propõe uma abordagem à didática particularista, fundamentando-se em uma interpretação mitigada do particularismo aristotélico. O particularismo advoga que os julgamentos morais devem ser fundamentados em circunstâncias específicas, sem recorrer a princípios universais. Segundo esta visão, a moralidade transcende regras codificadas, demandando uma aguçada sensibilidade e discernimento diante de cada situação. Em contrapartida, o generalismo argumenta a favor da essencialidade de tais princípios para avaliações morais. O particularismo mitigado aristotélico fornece os alicerces para concebermos uma didática focada nas singularidades dos estudantes e em seus contextos individuais. Dentro dessa perspectiva, o docente particularista se distancia da concepção de um docente a priori, que, de maneira generalista, opera sob o pressuposto de um perfil médio de estudante ao definir suas estratégias pedagógicas. A phronesis, uma virtude intelectual aristotélica, torna-se essencial, orientando deliberações atentas às nuances de cada situação educacional. Com isso em mente, propomos uma enumeração não exaustiva das competências que um docente particularista necessita possuir para identificar as particularidades inerentes às situações educacionais e, assim, deliberar de maneira adequada. Em essência, a docência particularista valoriza uma educação adaptada à individualidade, ao ambiente e às emoções dos estudantes, contrapondo-se à uniformidade convencional.
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