Teores de minerais, proteína e nitrato em folhas de ora-pro-nobis submetido a adubação nitrogenada

Autores

  • Maria Regina de Miranda Souza EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Pesquisador
  • Paulo Roberto Gomes Pereira Universidade Federal de Viçosa - Professor do Departamento de Fitotecnia desde 1991. Coordenador das Disciplinas Nutrição Mineral de Plantas para Pós-Graduação e Olericultura Geral e Olericultura I para Agronomia.
  • Ivan de Paiva Barbosa Magalhães Universidade Federal de Viçosa - Graduando de Agronomia. Bolsista de Iniciação Científica da EPAMIG/FAPEMIG, 2013-2015.
  • Maria Aparecida Nogueira Sediyama Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Sudeste - Pesquisadora do Programa Olericultura
  • Sanzio Mollica Vidigal EPAMIG - Sudeste - Pesquisador Programa Olericultura.
  • Cléverson Silva Ferreira Milagres Agência Goiana de Defesa Agropecuária. Agrodefesa - Fiscal Agropecuário - Bolsista da EPAMIG/FAPEMIG de 2013-2014.
  • Maria Cristina Baracat-Pereira Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Bioquímica - Professora - Professora Associada IV na UFV (ingresso em 1994)

Palavras-chave:

Pereskia aculeata Mill., hortaliça não convencional, nutrição de plantas.

Resumo

Considerando-se que o nitrogênio está diretamente relacionado ao teor de proteína das folhas, a adubação nitrogenada de plantas de ora-pro-nobis pode influenciar no teor de proteína e aumentar o seu potencial nutritivo. Objetivou-se avaliar o efeito de doses de N sobre teores de minerais, proteína e nitrato e na qualidade nutricional e produtividade de folhas de ora-pro-nobis. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados, com três repetições e cinco tratamentos, composto por doses crescentes de N (0-400 kg ha-1)aplicadas em cobertura, em solo com teor de matéria orgânica de 4,0 dag kg-1. Foram realizadas três colheitas para a análise de folhas. Não houve efeito significativo do tratamento para os teores de minerais e proteínas, ou massa fresca de folhas. Os valores médios para a composição mineral foram: 3,52 dag kg-1 de N; 0,47 dag kg-1 de P; 4,65 dag kg-1 de Ca; 0,71 dag kg-1 de Mg; 0,25 dag kg-1 de S; 36,64 mg kg-1 de Zn; e 174,13 mg kg-1 de Fe. A média para o teor de proteínas foi de 21,86 % e para a produtividade da massa fresca de folhas de 0,971 kg planta-1. Os teores de K decresceram a partir de 50 kg ha-1 de N. O nitrato aumentou linearmente com a fertilização com N, atingindo valor máximo de 78,2 mg kg-1 de massa fresca, muito abaixo do limite de risco para a saúde. Conclui-se que, para solo com alto teor de matéria orgânica, não há necessidade de adubação nitrogenada. Contudo, o uso de doses de N de até 400 kg ha-1 permite obter produtividade de folhas e teores de proteína e minerais nas faixas adequadas para a espécie, sendo o alimento rico em proteínas, ferro e cálcio.

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Biografia do Autor

Maria Regina de Miranda Souza, EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Pesquisador

Engenheira agrônoma (1988), Ms Extensão Rural (1997) e DS Fitotecnia (2014). Pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG - Sudeste - Área de  Atuação:  Prospecção e produção de plantas tradicionais. Membro dos grupos de pesquisa: Nutrição Mineral de Plantas no Agronegócio - UFV, Florística e Etnobotânica - EPAMIG, Resíduos orgânicos e agropecuária sustentável - EPAMIG.  BioPESB - Bioprospecção e Uso Sustentável dos Recursos Naturais da Serra do Brigadeiro – UFV. Bolsista PIBDT da FAPEMIG.

Paulo Roberto Gomes Pereira, Universidade Federal de Viçosa - Professor do Departamento de Fitotecnia desde 1991. Coordenador das Disciplinas Nutrição Mineral de Plantas para Pós-Graduação e Olericultura Geral e Olericultura I para Agronomia.

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1983), Mestrado em Microbiologia Agrícola/Solo pela Universidade Federal de Viçosa - UFV (1986) e Doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela UFV (1992). É Professor da UFV- Dep. Fitotecnia desde 1991. Coordenador das Disciplinas Nutrição Mineral de Plantas para Pós-Graduação e Olericultura Geral e Olericultura I para Agronomia. Líder do Grupo Nutrição Mineral e Agronegócio.

Ivan de Paiva Barbosa Magalhães, Universidade Federal de Viçosa - Graduando de Agronomia. Bolsista de Iniciação Científica da EPAMIG/FAPEMIG, 2013-2015.

Graduando em AGRONOMIA pela universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manejo e tratos culturais de hortaliças e plantas medicinais, adubação e cultivo orgânico, cultivo hidropônico, estabilização de resíduos orgânicos, análises laboratoriais microbiológicas, extração de compostos fenólicos. Bolsista de iniciação cientifica pelo PIBIC-FAPEMIG/EPAMIG. Atualmente, coordena projetos no Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável CBCN.

Maria Aparecida Nogueira Sediyama, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Sudeste - Pesquisadora do Programa Olericultura

Possui graduação em AGRONOMIA pela Universidade Federal de Viçosa (1976), mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1980) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1987). Atualmente é pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), onde participa do Comitê do Programa Olericultura. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manejo e tratos culturais de hortaliças, adubação e cultivo orgânico, cultivo hidropônico, estabilização de resíduos orgânicos.

Sanzio Mollica Vidigal, EPAMIG - Sudeste - Pesquisador Programa Olericultura.

Possui graduação em Agronomia pela UFV (1998), mestrado e doutorado em Fitotecnia – Produção Vegetal. Pesquisador da EPAMIG, bolsista BIPDT da FAPEMIG, com experiência em olericultura, atuando nos seguintes temas: nitrogênio, nutrição de plantas.

Cléverson Silva Ferreira Milagres, Agência Goiana de Defesa Agropecuária. Agrodefesa - Fiscal Agropecuário - Bolsista da EPAMIG/FAPEMIG de 2013-2014.

Bacharel em Gestão do Agronegócio pela Universidade Federal de Viçosa e Técnico em Agroindústria pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba. Tem experiência no agronegócio com interesse nos seguintes assuntos: administração rural, agricultura familiar, agroindústria, comercialização, sustentabilidade, marketing e plano de negócios.

Maria Cristina Baracat-Pereira, Universidade Federal de Viçosa - Departamento de Bioquímica - Professora - Professora Associada IV na UFV (ingresso em 1994)

graduada em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/1985), Mestre em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/1990), Doutora em Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2000)Professora Associada IV na UFV (ingresso em 1994), ministra Bioquímica de Proteínas e Análise Proteômica para Graduação e Pós-Graduação. Tem experiência em Bioquímica e Bioinformática de Proteínas e Peptídeos, Análises Proteômica e Peptidômica, e Técnicas Gerais para o Estudo de Proteínas e Peptídeos. Lidera o grupo de pesquisa Proteínas e Peptídeos: Análise Proteômica Aplicada ao Agronegócio .

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Publicado

05-04-2016

Como Citar

SOUZA, M. R. de M.; PEREIRA, P. R. G.; MAGALHÃES, I. de P. B.; SEDIYAMA, M. A. N.; VIDIGAL, S. M.; MILAGRES, C. S. F.; BARACAT-PEREIRA, M. C. Teores de minerais, proteína e nitrato em folhas de ora-pro-nobis submetido a adubação nitrogenada. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 46, n. 1, p. 43–50, 2016. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/37959. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo Científico