Cinco décadas de melhoramento genético do feijão preto no Brasil

Autores

  • Leiri Daiane Barili Universidade Federal de Viçosa
  • Naine Martins do Vale Universidade Federal de Viçosa
  • José Eustáquio de Souza Carneiro Universidade Federal de Viçosa
  • Fabyano Fonseca e Silva UFV
  • Felipe Lopes da Silva UFV

Palavras-chave:

Phaseolus vulgaris L., progresso genético, regressão bissegmentada.

Resumo

O aumento na produtividade de grãos e em outras características agronômicas, em cultivares de feijão, se deve, em grande parte, ao seu melhoramento genético. Objetivou-se estimar o progresso genético para produtividade de grãos e outras características de importância agronômica de cultivares de feijão preto recomendadas por programas de melhoramento, no Brasil, de 1960 a 2013. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com três repetições e 40 cultivares de feijão preto. As características avaliadas foram: produtividade e aparência de grãos, arquitetura de planta, número de vagens por planta e de grãos por vagem e massa de mil grãos. O progresso genético foi estimado com base nas médias das características ao longo dos anos, utilizando-se modelos lineares de regressão bissegmentada, os quais permitiram inferir sobre o ano exato em que o melhoramento do feijão preto começou a apresentar progresso genético significativo. Para produtividade de grãos, o progresso genético foi observado a partir de 1988, com ganho anual de 2,42 %. Melhorias também ocorreram para aparência de grãos (1,85 %), arquitetura de planta (1,35 %), número de vagens por planta (2,36 %) e de grãos por vagem (2,24 %) e massa de mil grãos (1,42 %), principalmente após 1989.

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Biografia do Autor

Leiri Daiane Barili, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira agrônoma formada na Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC, na qual também concluiu o mestrado em Produção Vegetal. Doutora em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento vegetal especialmente com a cultura do feijão, tanto na parte molecular (expressão gênica a estresse abiótico, marcadores SNPs), quanto no melhoramento clássico (preparação, implantação, condução e avaliação de experimentos de campo e casa de vegetação, análise e interpretação de dados. Realizou trabalhos de avaliação e seleção de acessos de banco de germoplasma, cruzamentos dirigidos, seleção de genitores e população segregante, métodos de condução de populações segregantes, avaliação de Ensaio de Valor Cultivo e Uso -VCU, qualidade tecnológica de feijão, interação genótipo x ambiente, divergência genética, progresso genético, modelos de regressão bissegmentada e multivariada). Possui experiência no cultivo “in vitro” de Cana-de-açúcar, Cynodon e Brachiaria. Atua como professora colaboradora nas disciplinas de melhoramento de plantas e Produção de grandes culturas na UFV. Atuou como bolsista de Desenvolvimento Científico e Inovação II, do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café - Embrapa Café, vinculado a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais/UREZM, Viçosa-MG, desenvolvolvendo atividades relacionadas a cafeicultura no estado de Minas Gerais, em sistemas de cultivo orgânico e convencional.

Naine Martins do Vale, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC. Mestre em produção vegetal pela mesma instituição. Doutora em Genética e Melhoramento na Universidade Federal de Viçosa-UFV e Pós-doutora em melhoramento de plantas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento vegetal na cultura do feijoeiro. Já realizou trabalhos de avaliação e seleção de acessos de banco de germoplasma, cruzamentos dirigidos, seleção de genitores e população segregante, métodos de condução de populações segregantes, avaliação de Ensaio de Valor Cultivo e Uso -VCU, qualidade tecnológica de feijão e interação genótipo ambiente). Também possui experiência de cultivo in vitro de gramíneas. Atua como professora colaboradora nas disciplinas de melhoramento de plantas e cultura do feijão na UFV.

José Eustáquio de Souza Carneiro, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa e doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras. Foi pesquisador a Empresa Brasileira de Agropecuária – Embrapa por um período de 10 anos. Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Viçosa. Atua nas áreas de melhoramento de plantas e Fitotecnia, com ênfase na cultura do feijão. Bolsista CNPq.

Fabyano Fonseca e Silva, UFV

Zootecnista pela Universidade Federal de Lavras; Mestrado e Doutorado em Estatística pela Universidade Federal de Lavras; Pós-doutorado pela Universidade de Wisconsin e Pós-doutorado pela Universidade de Wageningen; Especializou-se em seleção genômica pela Universidade Zaragoza e pelo IPG (Institute for Pigs Genetics, Holanda); Atualmente é Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, e atua como membro permanente dos programas de Pós-graduação em Zootecnia e em Genética e Melhoramento. Tem experiência nas áreas de Probabilidade e Estatística aplicadas ao Melhoramento Animal e Vegetal, Inferência Bayesiana e Bioinformática.

Felipe Lopes da Silva, UFV

Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa, mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa. Atuou como pesquisador científico da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal de Viçosa na área de melhoramento genético da soja. Tem experiência na área de Genética com ênfase em Genética Quantitativa.

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Publicado

06-09-2016

Como Citar

BARILI, L. D.; VALE, N. M. do; CARNEIRO, J. E. de S.; SILVA, F. F. e; SILVA, F. L. da. Cinco décadas de melhoramento genético do feijão preto no Brasil. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 46, n. 3, p. 259–266, 2016. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/41371. Acesso em: 20 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo Científico