DIAGNÓSTICO DA CULTURA DO TOMATE DE MESA NO MUNICÍPIO DE GOIANÁPOLIS, ESTADO DE GOIÁS, BRASIL
Palavras-chave:
Produção de tomate, custos, rentabilidadeResumo
Este estudo foi realizado a partir de um censo entre 23 produtores de tomate de mesa. Procurou-se estudar as tecnologias utilizadas, a composição dos custos, a rentabilidade desta atividade e os meios de comercialização da produção do tomate de mesa na região de Goianápolis (GO), no período de setembro de 1999 a julho de 2000. Os dados foram coletados por meio de um questionário individual aplicado aos produtores, que foram visitados periodicamente. Esses produtores foram agrupados de acordo com a tecnologia usada (grupos) e por categorias ou extrato de tamanho (grandes e pequenos). Foram identificadas as tecnologias usadas, os custos, a rentabilidade da produção e os meios de comercialização do tomate de mesa. Os defensivos mais utilizados pertencem à classe de I a IV, perigosos à saúde humana e ao ambiente. Os tomatais foram pulverizados, em média, três vezes por semana. As embalagens de defensivos agrícolas vazias tiveram três destinos, sendo 4% destinadas ao aterro sanitário da Prefeitura de Goianápolis, 17% foram enterradas e 79% foram queimadas. Os produtores de tomate de mesa receberam assistência dos engenheiros agrônomos das casas fornecedoras de insumos, da Agência Rural, da empresa onde foram feitas as mudas e particular. As cultivares mais plantadas foram do tipo longa vida e grupo Santa Cruz. A produtividade média foi de 167 cx/mil pés ou 56,98 t/ha. As variáveis que mais pesaram no custo total foram mão-de-obra (20,74 %), fertilizantes (19,11%), defensivos (26,84%), sementes e mudas (8,66%), e juros com financiamento (6,37%). Os gastos com fertilizantes e mão-de-obra tiveram influência significativa na renda bruta dos produtores. A mão-de-obra e os investimentos em maquinaria, equipamentos de irrigação e veículos foram importantes na explicação da rentabilidade da atividade. O tomate de mesa, dessa região, foi comercializado nas Ceasas de Goiânia e Anápolis (GO) e diretamente a compradores de outros estados, sendo que esses produtores não têm garantias na comercialização do tomate vendido a outros estados. O pagamento foi feito com cheque pré-datado, em confiança na honestidade do comprador. Não foram raros os casos que provaram o contrário e os produtores arcaram com os prejuízos.
PALAVRAS-CHAVE: Produção de tomate; custos; rentabilidade.
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