Ocorrência de plantas daninhas em cultivo consorciado de café e nogueira-macadâmia

Autores

  • Vinícius de Castro Silva Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, Botucatu, SP, Brasil.
  • Marcos José Perdoná Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Regional Centro-Oeste, Bauru, SP, Brasil.
  • Rogério Peres Soratto Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, Botucatu, SP, Brasil.
  • Eduardo Negrisoli Techfield Consultoria Agrícola, Botucatu, SP, Brasil.

Palavras-chave:

Coffea arabica L., Macadamia integrifolia Maiden & Betche, planta invasora, sombreamento.

Resumo

A arborização pode beneficiar os cafezais, reduzindo a velocidade dos ventos e a amplitude térmica na cultura. É possível, ainda, que a diminuição na radiação incidente possa influenciar a população de plantas daninhas e diminuir a necessidade de seu controle. Objetivou-se, com este trabalho, avaliar a população e a distribuição de plantas daninhas, na cultura de café arábica consorciado com três cultivares de nogueira-macadâmia, seis anos após o plantio, em Dois Córregos (SP). Os tratamentos consistiram de esquema fatorial 3x3+1, ou seja, café consorciado com três cultivares de nogueira-macadâmia (HAES 816, IAC 4-20 e IAC 9-20) e três locais de amostragem das plantas daninhas no consórcio (na projeção da copa da nogueira-macadâmia, entre as projeções das copas da nogueira-macadâmia e na entrelinha solteira), além de um tratamento adicional (café solteiro). Foram avaliados a incidência e o controle de plantas daninhas, bem como a caracterização fitossociológica. No cultivo de café consorciado com nogueira-macadâmia, a ocorrência e o número de espécies de plantas daninhas foram menores que no cultivo de café solteiro. Na projeção da copa e entre as projeções das copas da nogueira-macadâmia, houve, em média, 82% de redução na ocorrência de plantas daninhas, em comparação ao café solteiro. A cultivar IAC 9-20, por apresentar copa mais alta e de maior diâmetro, foi mais eficiente na redução da ocorrência de plantas daninhas, no consórcio com café.

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Biografia do Autor

Vinícius de Castro Silva, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, Botucatu, SP, Brasil.

Graduando em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, com trabalho de iniciação científica no Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, Campus de Botucatu, atuando na área de manejo de plantas daninhas na cultura do café.

Marcos José Perdoná, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Regional Centro-Oeste, Bauru, SP, Brasil.

Doutorando em Agronomia pela FCA-Unesp- Botucatu, graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Londrina - PR, Brasil (1994), trabalhou na iniciativa privada no estado de Minas Gerais com a cultura de café. Como extensionista trabalhou por 14 anos com as culturas de café, cana-de-açúcar e piscicultura, sendo fundador das Associações: Associcor e Unicafé. Atualmente, pesquisador da APTA - Polo de Bauru, atuando na área de fitotecnia com as culturas de café e fruticultura e os temas: sistemas agroflorestais e consorciação das culturas café e macadâmia. Ocupa os cargos de diretor técnico da Associação Brasileira de Macadâmia e Presidente do Gtec Café do Centro-Oeste Paulista.

Rogério Peres Soratto, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal, Botucatu, SP, Brasil.

Possui graduação em Agronomia (1999) e mestrado em Agronomia [Sistemas de Produção] (2002) pela Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), campus de Ilha Solteira, e doutorado em Agronomia [Agricultura] (2005) pela Faculdade de Ciências Agronomicas da UNESP, campus de Botucatu. Atualmente é Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, campus de Botucatu. Realiza pesquisas com ênfase em grandes culturas, nas áreas de: fitotecnia, manejo e tratos culturais, manejo da adubação, nitrogênio, calagem e gessagem, fósforo, sistema plantio direto e sistemas de produção agrícola.

Eduardo Negrisoli, Techfield Consultoria Agrícola, Botucatu, SP, Brasil.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1997), - Mestrado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000/2002) - Doutorado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002/2005). - Pós-Doutorado em Agricultura. pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP/ FCA Botucatu/SP. Orientador: Edivaldo Domingues Velini. (2008/2011). - Tem experiência na área de Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: herbicida, planta daninha, cana-de-açúcar, planta aquática e na área Ambiental trabalhando na área de monitoramento e qualidade de água. - Desde junho de 2005, pesquisador colaborador e/ou responsável em projetos de pesquisa na FCA/UNESP, FEPAF (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais), desenvolvendo atividades ligadas à pesquisa com planta daninhas de áreas cultivadas e não cultivadas e estudos de monitoramento de qualidade de água e plantas aquáticas. - Sócio da empresa TechField, Consultoria Agrícola com sede na Incubadora Tecnológica de Botucatu Faculdade de Ciências Agronômicas /UNESP-SEBRAE/FINEP. - Professor das Disciplinas de Controle de Plantas Invasoras, Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas, Metodologia de Pesquisa, Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) e Agricultura II na Associação Educacional do Vale da Jurumirim, Curso de Agronomia da EDUVALE, Avaré /SP.

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Publicado

10-12-2013

Como Citar

SILVA, V. de C.; PERDONÁ, M. J.; SORATTO, R. P.; NEGRISOLI, E. Ocorrência de plantas daninhas em cultivo consorciado de café e nogueira-macadâmia. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 43, n. 4, p. 441–449, 2013. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/24021. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Proteção de Plantas