Legados autoritários e desafios democrátios
Ditadura no Brasil e Revolução dos Cravos em Portugal
Palavras-chave:
Arqueologia Histórica, redes, indígenasResumo
A partir de um dos campos de abordagem da Arqueologia da Repressão e da Resistência, o presente texto procura seguir, de forma breve, redes e planos de ação de pesquisadores brasileiros e portugueses que investigaram temas indígenas durante o Estado Novo Brasileiro e Português, ressaltando de que forma alguns embates se prolongam para além do fim do Regime Salazarista, no caso português, e para a Ditadura Civil-Militar, bem como para contexto de redemocratização no caso brasileiro. Procura-se pensar a formação de escolas de pensamento dentro dos campos da Arqueologia e dos Estudos da Cultura Material, que posicionem, inclusive o próprio campo de abordagem do texto.
Downloads
Referências
BARETTA, Jocyane Ricelly. "Por uma Arqueologia Feminista da ditadura no Brasil (1964-1985)." Revista de Arqueologia 30.2 (2017): 08-34.
BELLE, M. Memória em conflito: dilemas da arqueologia da repressão em Porto Alegre/RS. Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-graduação em Antropologia.2017.
BRITO, Joana de Sousa et al. Patrimonialização e musealização da memória da violência política durante a Ditadura Militar e o Estado Novo. 2022. Dissertação de Mestrado.
CARDINA, M. 2016, “Memórias amnésicas? Nação, discurso político e representações do passado colonial”, Configurações, 17: 31-42, http://journals.openedition.org/configuracoes/3281.
CARDOSO, João Luis. O Professor Mendes Corrêa e a Arqueologia Portuguesa. In: Sessão Ordinária de 26 de Janeiro de 2000 dos Anais da Academia Portuguesa da História, III Série, volume 2, 2011.
CARVALHO, A.; SOARES, I.; FUNARI, P.; SILVA, S. DA. Arqueologia, Direito e Democracia. Erechim: Habilis.2009,
DE LA BOÉTIE, E. Discours de la servitude volontaires. https://www.singulier.eu/textes/reference/texte/pdf/servitude.pdf. 1548.
DE MORAES, Tobias Vilhena. "A preservação arqueológica e a redemocratização: um breve estudo de caso luso-brasileiro." Revista Arqueologia Pública 8.2 [10] (2014): 122-143.
CASTELO, Cláudia. Ruy Cinatti: Poeta “Agrónomo e Etnólogo”, Instigador de Pesquisas em Timor. Atas do Colóquio Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial. AHU, 24‐25 de maio de 2011.
CINATTI, Ruy. Diário pessoal: espólio Ruy Cinatti. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. 1954.
COELHO, R. G. & VILA, X. A. “Cambedo 1946: carta sobre o achamento de Portugal”, Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, jul-dez, 13(2): 63-87, 2019.
COSTA, Angyone. Introdução à Arqueologia Brasileira (Etnografia e História). São Paulo: Companhia Editora Nacional. 4° edição, 1980 (1° ed. 1934).
COSTA, Angyone. Archeologia Geral. Civilizações da América Pré-colombiana, Antiguidade Clássica, Civilizações Orientais. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1936.
COSTA, Angyone. Migrações e Cultura Indigena. Ensaios de Arqueologia e Etnologia do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938 (1° ed. 1938).
COSTA, Angyone. Indiologia. Rio de Janeiro: Gráfica Laemmert limitada, 1943a.
COSTA, Angyone. “Observações sôbre a contribuição do índio na nossa formação”. In Cultura Política, ano III, nº 27, p. 97-191, maio de 1943b
DOSSE, François. A História: A Ciência Social dos Homens no Tempo. São Paulo: Editora da UNESP, 2012.
FARIA, Luiz de Castro. 2018. “Heloísa Alberto Torres (1895-1977)”. Anuário Antropológico 2 (1):329-33.https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6052.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.
FOUCAULT,Michel. História da Sexualidade - Volume 1: A Vontade de Saber. São Paulo: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas: Uma Arqueologia das Ciências Humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FUNARI, P. P. A. Paulo Duarte e o Instituto de Pré-História. Idéias, Campinas, v. 1, n.1, p. 155-179, 1994.
FUNARI, P. P. A. Como se tornar arqueólogo no Brasil. Revista USP, 44, 74-85, 1999). https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i44p74-85
FUNARI, P. P. A. The world archaeological congress from a critical and personal perspective. Archaeologies, Blue Ridge Summit, USA, v. 2, n.1-2006, p. 73-79, 2006.
FUNARI, P. P. A.; ZARANKIN, A. (Org.) . Arqueología de la represión y la resistencia en América Latina 1960-1980, 01/10/2006. Catamarca: Universidad Nacional de Catamarca, 2006.
FUNARI, Pedro Paulo Abreu, and Andrés Zarankin. "Ditadura, direitos humanos e Arqueologia." História: Questões & Debates 69.2 (2021): 110-136.
FUNARI, P.P.A.; CARVALHO, A.V. Universidades, Arqueologia e Paulo Duarte. R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 22, p. 89-96, 2012.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere, Vol. 3: Maquiavel, Notas sobre o Estado e a política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
GOMES, S.A.R. O passado, a identidade e as teias do governo: estudos sobre os entrelaçamentos das práticas de produção de conhecimento arqueológico e de construção da identidade nacional salazarista. Porto, Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 2011.
GOMES, Sérgio. "Coelho, Rui Gomes, O Arqueólogo Cordial. A Junta Nacional da Educação e o enquadramento institucional da arqueologia portuguesa durante o Estado Novo (1936-1974), Imprensa de Ciências Sociais, Lisboa, 2018, 153 pp.[ISBN 978-972-671-486-6]." Conimbriga 58 (2019): 407-410.
JUSTAMAND, Michel, Drª Patricia Sposito Mechi, and Pedro Paulo de Abreu Funari. "Repressão política e direitos humanos: arqueologia, história e memória da ditadura militar brasileira." Cultura [online] 65.2 (2013): 23.
JUSTAMAND, Michael, and Patrícia Sposito Mechi. "Arqueologia, História e Direitos Humanos: um estudo da Guerrilha do Araguaia." Revista Arqueologia Pública 9.3 [13] (2015): 122-133.
JUNTA DAS MISSÕES GEOGRÁFICAS E DE INVESTIGAÇÕES COLONIAIS (JMGIC). Ocupação Científica do Ultramar Português: Plano Elaborado pela Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais e Parecer do Conselho do Império Colonial. Lisboa: Divisão de Publicações e Biblioteca, Agência Geral das Colónias, 1945.
LATOUR, Bruno. "Reassembling the Social: An Introduction to Actor-Network-Theory". Oxford University Press, 2005.
LATOUR, Bruno. "Science in Action: How to Follow Scientists and Engineers Through Society". Harvard University Press, 1987.
LATOUR, Bruno. Ciência de Laboratório: Reflexão sobre a Prática Científica. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
LATOUR, Bruno; Woolgar, Steve. Laboratory Life: The Construction of Scientific Facts. Princeton University Press, 1986.
LEMOS, Caroline Murta. "Construindo “memórias materiais” da ditadura militar: a Arqueologia da Repressão e da Resistência no Brasil." Revista de Arqueologia 29.2 (2016): 68-80.
LEMOS, Caroline Murta. "Arquitetando o terror: um estudo sensorial dos centros de detenção oficiais e clandestinos da ditadura civil-militar do Brasil (1964-1985)." (2019).
LEMOS, Caroline Murta, Denise Neves Batista Costa, and Andrés Zarankin. "‘AS FLORES DO MAL’: ARQUEOLOGIA DAS ESTRUTURAS DA VIOLÊNCIA POLÍTICA DA DITADURA, O CASO DO DOPS/MG." Revista Habitus-Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia 19.2 (2021): 163-188.
MEIKSINS Wood, E. Pesant-Citizen and Slave. The Foundations of Athenian Democracy. New York, Verso, 1988.
NOELLI, Francisco Silva; FERREIRA, Lúcio Menezes. The persistence of the theory of indigenous degeneration and colonialism within the theoretical foundations of Brazilian archeology. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.14, n.4, p.1239-1264, Sept.-Dec. 2007.
POLONI, R. J. S. Expedições arqueológicas nos territórios de Ultramar: uma visão da ciência e da sociedade portuguesa do período colonial. Tese (doutorado em arqueologia). Universidade do Algarve, Algarve, 2012.
POLONI, R. J. S. "Arqueologia da repressão e da resistência: as contribuições da ciência na justiça de transição e na sociedade democrática." Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História 50 (2014).
POLONI, R. J. S.. A autoridade através dos vestígios: a arqueologia na Missão Antropológica de Timor, 1953The authority through the traces: the archeology in the Timor Anthropological mission, 1953. ANUÁRIO ANTROPOLÓGICO, p. 109-132, 2017.
POLONI, R. J. S. ; FUNARI, P. P. A. ; MARCHI, D. M. . Patrimônio, mudanças e memórias traumáticas: a Arqueologia da Repressão e da resistência. ESTUDOS IBEROAMERICANOS, v. 45, 2019, p. 51-62.
POLONI, R. J. S.; FUNARI, P. P. A. . Os desertos habitados: Estado Novo, colonialismo, memória e patrimônio em perspectiva comparada. Lusotopie, v. XXI, p. 1-17, 2022.
PORTUGAL, Portaria 19.210, de 30 de Maio de 1962. Diário do Governo, 1º série, nº 123, 1962.
RAPOSO, Luis. Um museu, muitos nomes: a narrativa de Portugal e o mundo. Público, Quarta-feira, 18 de Abril de 2018. disponível em: http://ml.ci.uc.pt/arquivos_antigos/archport/archport_2018_01_01_a_2018_12_31/pdfF1GTyAU73s.pdf, acesso em 14 de março de 2024.
SOARES, I. V. P. "Novas perspectivas para a Arqueologia da Repressão e da Resistência no Brasil depois da comissão nacional da verdade." Revista Arqueologia Pública 8.2 [10] (2014): 177-194.
SOARES, I. V. P. ; FUNARI, P. P. A. Arqueologia e direitos humanos, uma introdução. 1. ed. Curitiba: Appris, 2019.
SOARES, I.V.P. ; PAULO A. FUNARI, pedro . Arqueologia da resistência e direitos humanos. In: Inês Virgínia Prado Soares; Sandra Cureau. (Org.). Bens culturais e direitos humanos, Segunda edição revista e ampliada. 2ed.São Paulo: Sesc, 2019, v. 1, p. 315-337.
SPINOZA, B. Tratado Político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TORRES, Heloisa Alberto. Contribuição para o Estudo da Proteção ao Material Arqueológico e Etnográfico no Brasil. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, 1937
TORRES, H. A. “Arte indígena na Amazônia”. Publicações do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, nº 6. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1940
ZARANKIN, A.; SALERNO, M.; PEROSINO, M. (Eds.). Historias Desaparecidas; Arqueología, violencia política y memoria. Córdoba: Brujas, 2012
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Concedo a História Revista o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.