Anticlericalismo e intercessão aristocrática na Provença dos séculos XII e XIII

o aforismo da relação opositiva entre Estado e família como ponto de partida

Autores

  • Bruno Tadeu Salles Universidade Federal de Ouro Preto/Professor de História Medieval.

DOI:

https://doi.org/10.5216/hr.v24i1.57009

Resumo

O presente artigo tem como objetivo principal discutir a relação entre Poder Principesco, que alguns autores identificaram como o Estado, e as parentelas aristocráticas na Provença dos séculos XII e XIII. Tomamos como caminho a crítica às ideias de autores basilares, tais como Martin Aurell e Thierry Pécoul. Com justiça, estes são considerados, pelos medievalistas que se debruçam sobre as relações de poder provençais, incontornáveis. A partir desses autores, analisaremos como se constituiu uma Ecclesia provençal a partir da indissociação de clérigos e laicos sob o prisma da relação entre igrejas e famílias e da participação eclesiástica no poder principesco. O impulso primordial de nossas reflexões é dado pelo interesse em pensar as dinâmicas senhoriais na Provença, especificamente na Diocese de Fréjus dos séculos XII e XIII. Delineamos algumas considerações que podem orientar reflexões futuras sobre as relações de poder no Midi e, portanto, colocar em questão cortes muito rígidos e evidentes e bem delimitados como sagrado/profano. Portanto, procurando dialogar com o tema do presente dossiê, as ideias aqui expostas são norteadas pela perspectiva da profunda imbricação entre Clérigos e Laicos e entre famílias e organismos de poder ditos mais amplos.

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Biografia do Autor

Bruno Tadeu Salles, Universidade Federal de Ouro Preto/Professor de História Medieval.

Mestre e Doutor em História Medieval pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor de História Medieval da Universidade Federal de Ouro Preto. Pós-Doutorado em Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

2019-07-22

Como Citar

SALLES, B. T. Anticlericalismo e intercessão aristocrática na Provença dos séculos XII e XIII: o aforismo da relação opositiva entre Estado e família como ponto de partida. História Revista, Goiânia, v. 24, n. 1, p. 20–38, 2019. DOI: 10.5216/hr.v24i1.57009. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/57009. Acesso em: 11 dez. 2024.