Micróbios no convés: a peste bubônica e o fim das quarentenas no Brasil (1899-1904)
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v20i2.36656Palavras-chave:
peste bubônica, quarentena, brasilResumo
O presente artigo analisa as imbricações entre as epidemias de peste bubônica no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, e o progressivo relaxamento das leis quarentenárias brasileiras até a extinção da prática da quarentena, em 1904. O artigo argumenta que, em primeiro lugar, a ameaça e, posteriormente, a presença da peste bubônica no país, catalisaram uma discussão profunda sobre a pertinência, ou não, do estabelecimento de quarentenas. E em segundo lugar, que foi a mudança na descrição do comportamento do bacilo da peste em território brasileiro ? passando de uma imagem de doença incontrolável e terrível para uma de dominável pelos avanços da civilização ? que possibilitou, em conjunto com outros fatores, entre eles os problemas comerciais, a extinção das quarentenas. O artigo utiliza como fontes a documentação oficial do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, e também discussões sobre a temática da quarentena veiculadas em periódicos diários do Rio de Janeiro.
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