“O MENU DE MEU MARIDO”: NARRATIVAS VISUAIS, HISTÓRIA E PRÁTICAS DE GÊNERO NA REVISTA FEMININA
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v19i2.32138Palavras-chave:
Revista Feminina, relações de gênero, ModernidadeResumo
O presente artigo pretende analisar as diferentes artes gráficas criadas para a seção “O Menu de Meu Marido” que foi veiculada pela Revista Feminina (1914-1936) ao longo de toda sua produção. Analiso as imagens das artes gráficas como uma produção intencional das editoras para criar símbolos e signos associados a modernidade, civilização e progresso social, em um momento histórico na qual esses conceitos estão sendo valorizados como parte de uma construção de Nação. Interessante pensar que o Menu era preparado para o marido – cidadão e provedor familiar – , mas ensinado e elaborado pela esposa – cuidadora do lar e das educação dos futuros cidadãos. Nesse sentido, penso o suporte impresso como uma interface de práticas sociais e modos de viver e pensar. O objetivo central está na compreensão da possível participação dessa seção na constituição das subjetividades das leitoras a partir da exposição de determinados pratos, produtos consumidos e bens mercadológicos expostos em uma revista voltada exclusivamente para o público feminino. A partir das ideias de formas de sedução das leitoras e das questões sobre a edição postas nos estudos de Roger Chartier, considero que esta seção foi previamente selecionada e estudada pelas editoras – no caso a Empresa Feminina cuja proprietária era D. Virgilina de Souza Sales.
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