A ILUSÃO DE BEM VIVER E A ARTE DE BEM MORRER NO IL GATTOPARDO DE T. LAMPEDUSA - doi: 10.5216/hr.v18i2.29938

Autores

  • Filipa Marisa Gonçalves Medeiros Araújo

DOI:

https://doi.org/10.5216/hr.v18i2.29938

Palavras-chave:

Romance histórico, Morte, Ars moriendi

Resumo

A leitura da obra-prima de Lampedusa tende a seguir uma orientação de leitura condicionada pelas coordenadas espácio-temporais do autor ou das personagens. Importa, no entanto, salientar que a complexa tessitura literária do romance histórico permite estabelecer perspetivas intertextuais fora desse circuito referencial mais imediato. Tomando como fio condutor o corteggiamento della morte, que desempenha um papel estruturante no romance, é possível identificar vestígios de uma herança deixada pelos esquemas mentais da dialética barroca. A presença do motivo tanatológico na obra não se resume a uma isotopia temática, assume-se, antes, como um traço determinante na caracterização do protagonista e na própria conceção da narrativa, pelo que se propõe uma análise textual à luz dos preceitos estipulados pelas Artes bene moriendi seiscentistas. O cotejo com o manual ascético de Bellarmino evidencia, assim, os pontos de convergência entre dois textos distanciados pelo tempo e pelo género, mas aproximados pela perspetiva tanatológica que refletem.

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Publicado

2014-05-15

Como Citar

ARAÚJO, F. M. G. M. A ILUSÃO DE BEM VIVER E A ARTE DE BEM MORRER NO IL GATTOPARDO DE T. LAMPEDUSA - doi: 10.5216/hr.v18i2.29938. História Revista, Goiânia, v. 18, n. 2, 2014. DOI: 10.5216/hr.v18i2.29938. Disponível em: https://revistas.ufg.br/historia/article/view/29938. Acesso em: 24 abr. 2024.