EXISTIU UMA FRAÇÃO SOCIALISTA NO PARTIDO REPUBLICANO? OS CASOS PARADIGMÁTICOS DE MAGALHÃES LIMA E AFONSO COSTA. A DIFUSÃO DO SOCIALISMO NO BRASIL - doi: 10.5216/hr.v18i2.29854
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v18i2.29854Palavras-chave:
Socialismo reformista, Republicanismo, República, Antifascismo.Resumo
Tem passado despercebida à comunidade dos historiadores a seguinte afirmação de Norberto Ferreira da Cunha enunciada no seu estudo, de 2010, Benoît Malon e o Socialismo: “Até uma fracção do Partido Republicano Português aderiu a este socialismo integral...” Esta constatação não “joga” com as narrativas historiográficas dominantes sobre a matriz ideológica do Partido Republicano no quadro da sua intervenção política, quer na fase da luta antimonárquica, quer durante a 1.ª República. E, por sua vez, coloca o problema de saber então quem são os socialistas mais destacados desta fração e que importância política teve a sua militância no campo republicano? Este ensaio visa ilustrar, ou fundamentar, a afirmação enunciada e procura respostas para estas duas perguntas. O problema é suscitado a partir do estudo da formação intelectual e universitária de Afonso Costa (1871-1937), em estreita articulação com a análise do seu comportamento político. Com efeito, a sua tese A Igreja e a Questão Social (1895) conduziu-nos a investigar, em termos de história das ideias políticas e história cultural e intelectual, os quatro autores socialistas mais citados, de acordo com a seguinte ordem de importância; Benoît Malon (1841-1893); Francesco Nitti (1868-1953); Émile de Laveleye (1822-1829) e Magalhães Lima (1850-1928). E como a recepção da obra de Malon encontra nos livros doutrinários de Magalhães Lima um importante meio de divulgação, em Portugal e no Brasil, detemo-nos nesta importante figura de mediador intelectual socialista.Downloads
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