Práticas seguras para prevenção de infecções relacionadas à administração de injetáveis: conhecimento de profissionais de enfermagem

Autores

  • Nathalia Valentim Jarina Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: nathaliavalentim@estudante.ufscar.br https://orcid.org/0000-0002-5783-0625
  • Lívia Cristina Scalon da Costa Perinoti Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: livia.scalon@hotmail.com https://orcid.org/0000-0002-7056-8852
  • Camila Eugenia Roseira Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: roseira.camilia@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-9114-6579
  • Rosely Moralez de Figueiredo Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail: rosely@ufscar.br https://orcid.org/0000-0002-0131-4314

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v27.77430

Palavras-chave:

Profissionais de Enfermagem, Controle de Infecções, Segurança do Paciente, Injeções, Conhecimentos, Atitudes e Práticas em Saúde

Resumo

Objetivo: mensurar o conhecimento de profissionais de enfermagem sobre práticas seguras para prevenção de infecções relacionadas à administração de medicamentos injetáveis no Brasil. Métodos: estudo descritivo, exploratório, quantitativo realizado entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, utilizando-se de Survey online mediante aplicação de um instrumento validado. Resultados: entre os 781 participantes, 724 (92,7%) pertenciam à região Sudeste do Brasil, 360 (46,1%) atuavam em área hospitalar, 334 (42,8%) eram enfermeiros. A porcentagem média global de acertos foi igual a 84,48%. O domínio “Descarte de materiais perfurocortantes” foi o de menor pontuação (25,0%). Conhecimentos com menor índice de acertos referem-se à possibilidade de utilizar frascos-ampola em mais de um paciente, desde que não entrem na unidade do paciente (35,3%), e à não obrigatoriedade da antissepsia para injeção intradérmica e subcutânea (28,8%). Conclusão: o perfil de conhecimento dos profissionais de enfermagem e saúdeindica fortalezas e fragilidades em aspectos relevantes associados ao risco de transmissão de microrganismos na administração de injetáveis, reforçando a necessidade de ações educativas para a promoção de práticas seguras no Brasil.

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Publicado

25/11/2025

Edição

Seção

Artigo Original