Diálogo vivido entre enfermeira e mães de crianças com câncer

Autores

  • Nailze Figueiredo Souza de Oliveira Faculdade de Enfermagem
  • Solange Fátima Geraldo da Costa Faculdade de Enfermagem
  • Maria Miriam Lima da Nóbrega Faculdade de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.5216/ree.v8i1.937

Palavras-chave:

Cuidados de Enfermagem, Enfermagem Oncológica, Fenomenologia

Resumo

O aumento progressivo do número de casos de crianças com câncer no Brasil tem despertado muitos profissionais da saúde para a realização de pesquisas que contribuam para uma assistência de qualidade para essa clientela e seus familiares. Este estudo consiste em uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, direcionada ao cuidar em enfermagem, cujo objetivo foi compreender o diálogo vivido entre enfermeira e mães de crianças com câncer à luz da Teoria de Enfermagem Humanística de Paterson e Zderad. As participantes do estudo foram seis mães que acompanhavam suas crianças com câncer, na unidade de pediatria de um hospital. O diálogo vivido foi desenvolvido com base nas fases da Enfermagem Fenomenológica (Preparação da enfermeira para vir a conhecer; A enfermeira conhece o outro intuitivamente). Nesta fase, os dados emergiram dos encontros entre enfermeira e mães a partir da técnica de entrevista e foram registrados no diário de campo. As demais fases serviram de base para a análise dos dados, que se constituiu nos momentos da relação Eu-Isso: A enfermeira conhece o outro cientificamente; A enfermeira sintetiza de forma complementar as realidades conhecidas e Sucessão interna da enfermeira do múltiplo para a unidade paradoxal. Da análise dos dados emergiram as seguintes categorias: Mães diante da descoberta do diagnóstico; Mães diante do tratamento da criança; Mães diante da adaptação ao ambiente hospitalar; Mães carentes de informações; Mães com problemas no contexto familiar; Mães com saúde física e emocional afetada; Mães buscando formas de enfrentamento; Mães vivenciando momentos de alegria. O diálogo vivido intuitiva e cientificamente possibilitou às mães receberem cuidados que promovessem o seu bem-estar e estar-melhor na situação vivenciada com seus filhos. Também possibilitou a reflexão, conceitualização e descrição de um fenômeno que revelou o ser-com e o fazer-com da enfermeira numa relação humanística com mães de crianças com câncer.

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Publicado

29/12/2006

Edição

Seção

Artigo Original