As percepções de doença mental na ótica de familiares de pessoas psicóticas
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v7i2.882Palavras-chave:
Transtornos Mentais, Percepção Social, FamíliaResumo
Este estudo teve como objetivo conhecer as percepções dos familiares de pessoas portadoras de psicose, sobre doença mental. Para o alcance destes objetivos, lançamos mão da investigação de abordagem qualitativa, descritiva, exploratória, do tipo estudo de caso. Os sujeitos do estudo foram seis familiares de pessoas acometidas por transtornos mentais psicóticos, assistidas na Unidade Hospitalar ou residindo na Moradia Terapêutica do Instituto Cyro Martins de Porto Alegre/RS. Para a coleta de dados, realizamos contato com os familiares via telefônica ou pessoalmente, no horário de visitação aos internados. Na medida em que os mesmos aceitaram fazer parte da pesquisa, marcou-se horário e local para realização da entrevista. Para a obtenção dos dados, utilizamos a entrevista semi-estruturada, cujos depoimentos foram gravados e transcritos na íntegra. Também foi utilizado o diário de campo para o registro de informações não captáveis pelo gravador, bem como percepções do entrevistador durante a realização da entrevista. Para a análise dos dados, utilizamos a proposta metodológica de MINAYO (2001), constituída por ordenação e classificação dos dados e análise final. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética na Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Mediante a leitura do material coletado no campo empírico da pesquisa, as informações foram agrupadas em uma categoria de análise abordando as percepções de doença mental, considerando a similaridade e diversidade das informações obtidas. Os depoentes se posicionaram caracterizando a doença mental como uma patologia opressora, capaz de causar impotência, como um transtorno da cabeça; uma patologia que abala as estruturas familiares, um mal endógeno; um mal dos nervos; um problema de caráter social; como sinônimo de incapacidade e como uma doença que provoca desrealização e despersonalização. A partir desta investigação, percebemos a importância de assistir os familiares que acompanham o doente mental psicótico, durante o seu tratamento.
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