Risco ocupacional pela exposição ao glutaraldeído em trabalhadores de serviços de endoscopia
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v11.47091Palavras-chave:
Enfermagem, Riscos ocupacionais, Glutaral, EndoscopiaResumo
O glutaraldeído, amplamente utilizado no reprocessamento de endoscópios pelas vantagens e baixo custo, apresenta alta toxicidade e pode expor os profissionais a riscos ocupacionais. Pesquisa descritiva realizada em 2007 em serviços de endoscopia digestiva de Goiânia-GO/Brasil que caracterizou por meio de um questionário e observação direta registradas em check list, a exposição ocupacional dos profissionais que reprocessam endoscópios, verificando as manifestações clínicas relatadas por eles e a ventilação do ambiente. As manifestações clínicas relatadas foram de origem gástrica, oftalmológica, dermatológica, neurológica e respiratória, mais freqüentes nas três últimas. Dentre as respiratórias, as mais citadas foram: resfriado (72,73%) e constipação nasal (59,09%), entre as neurológicas: cefaléias (72,73%), sonolência (72,73%) e tensão (54,55%) e dermatológicas: pele ressecada (59,09%) e prurido (54,55%). A maioria dos serviços não possui janelas nem exaustor, e os aparelhos de ar condicionado além de não possuírem filtros químicos apropriados produzem turbulência do ar, impedindo a eliminação dos vapores tóxicos emanados. Os dados sobre o ambiente de trabalho, o uso incorreto dos Equipamentos de Proteção Individual e as manifestações clínicas relatadas pelos trabalhadores sugerem evidências que os serviços de endoscopia estudados podem oferecer risco químico ocupacional aos trabalhadores durante o manuseio do glutaraldeído.
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