Epidemiologia das infecções em queimaduras no nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v11.47026Palavras-chave:
Epidemiologia, Infecção Hospitalar, QueimadurasResumo
As infecções hospitalares são complicações freqüentes, graves que comprometem a recuperação dos pacientes queimados. O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico e os principais microrganismos isolados de infecções em vítimas de queimaduras em Fortaleza/CE. Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, utilizando dados secundários dos indivíduos atendidos no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Instituto Dr. José Frota (IJF) para tratamento de queimaduras, atendidos entre janeiro/ 2004 a abril/2006. 419 vítimas de queimaduras foram atendidas no período estudado, sendo maioria do sexo masculino (59,43%), procedente de Fortaleza (56,80%), com menos de três anos de idade (30,31%). Do total, 188 pacientes (44,88%) apresentaram queimaduras em 11 a 20% da superfície corporal queimada (SCQ). Foram notificados 175 casos de infecções hospitalares, sendo a infecção da corrente sangüínea a mais prevalente (77,14%), seguida da infecção respiratória (11,43%), do trato urinário (8,0%) e cutânea (2,86%). Os microorganismos mais comumente isolados foram Staphylococcus aureus (34,69%), Pseudomonas sp.(33,33%), Enterobacter sp.(14,29%), Escherichia coli (4,08%) e Klebsiella pneumoniae (3,40%). A faixa etária mais acometida foi abaixo de três anos, evidencia necessidade dos pais assegurarem a segurança de seus filhos em casa. Os microorganismos isolados ratificam o risco elevado das vítimas de queimaduras as infecções endógenas e exógenas.
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