Quimioterapia antineoplásica e nutrição: uma relação complexa
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v10.46780Palavras-chave:
Câncer, Quimioterapia, Inquéritos Nutricionais, Enfermagem.Resumo
A quimioterapia utiliza compostos químicos com objetivo de erradicar tumores, mas por não possuir especificidade para células tumorais agridem também células normais, trazendo efeitos colaterais, principalmente, ao aparelho gastrintestinal, causando prejuízo das condições nutricionais do cliente, gerando deficiências e sintomas desagradáveis. Estudo descritivo, exploratório, realizado em 2006 num município do interior do Estado de São Paulo-Brasil, objetivou identificar alterações nutricionais apresentadas pela pessoa com câncer em tratamento quimioterápico, utilizando entrevista e questionário semi-estruturado. Foram consultadas 13 pessoas adultas, com idades acima de 50 anos, portadora de variados tipos de cânceres, em tratamento antineoplásico. O uso de antineoplásicos levou a apresentação de náuseas, anorexia, fadiga, disgeusia, incômodo com odor da comida, constipação, rápida sensação de saciedade, xerostomia e mucosite. A avaliação física revelou alopecia, esclerótica ictérica, unhas manchadas, pele descorada, mucosa oral desidratada, língua saburrosa, alteração nas capacidades físicas para trabalho e perda de peso na maioria deles. As pessoas referiram baixa ingesta hídrica, redução na ingesta alimentar, intolerância a carne e feijão, aumento do consumo de frutas, vegetais, legumes e sucos. Esses dados indicam que o tratamento quimioterápico colabora para a alteração nutricional do doente com câncer apontando para a necessidade de intervenção precoce dos desequilíbrios visando ao sucesso terapêutico.
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