Da educação sanitária para a educação em saúde (1980-1992): discursos e práticas
DOI:
https://doi.org/10.5216/ree.v14i1.12455Palavras-chave:
Educação em Saúde, Saúde Pública, Política de SaúdeResumo
RESUMO
Pesquisa histórica cujo objetivo foi analisar os discursos oficiais do Ministério da Saúde sobre educação em saúde na década de 1980, e verificar se ocorreu a transposição dessas proposições paras as unidades de saúde. As fontes históricas utilizadas foram os documentos sobre educação em saúde publicados pelo Ministério da Saúde entre 1980 e 1992, e as pesquisas realizadas sobre as práticas educativas em saúde implementadas em unidades de saúde. Utilizou-se análise documental ancorada nos conceitos foucaultianos de discurso e biopoder. Percebeu-se, tanto nos discursos oficiais novos quanto em outros contornos dessas práticas, a proposta não mais da coerção, mas da participação de todos. A metodologia participativa passou a ocupar a centralidade do processo educativo, tendo como fim principal romper com o ciclo de opressão instaurado sobre esses sujeitos. Ao término da década de 1980, presenciaram-se várias configurações das práticas educativas em saúde imbricadas de modelos tradicionais, de discursos emancipatórios e de estratégias do neoliberalismo.
Descritores: Educação em Saúde; Saúde Pública; Política de Saúde.