A dança dos Aruanãs: mito, rito e música entre os Javaé

Autores

  • Sônia Regina Lourenço UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5259

Palavras-chave:

corpo, gênero, Javaé, música, ritual

Resumo

Este texto propõe uma análise do ritual – musical ‘brincadeiras’ (tykydisi) (Irasò) entre os Javaés, habitantes imemoriais do vale do rio Araguaia, em especial da região da Ilha do Bananal (TO). Os Aruanãs são seres mágicos do mundo subaquático (Berahaxti) trazidos pelo xamã para ‘brincar’ (cantar e dançar) com os seres sociais no mundo de fora (Ahana Òbira) durante um ciclo cerimonial. Em primeiro lugar, focalizo o ciclo cerimonial dos Aruanãs como a expressão máxima das prestações matrimoniais (tykòwy) entre sogros e genros; em segundo lugar, analiso as duplas de Aruanãs como formas corporais andróginas, em que o masculino e o feminino não prescrevem a diferença sexual porque os corpos dos Aruanãs são concebidos como corpos mágicos de um mundo sem afins e sem a diferença de gênero. As ‘brincadeiras’ de Aruanãs são os rituais performativos em que a música e a dança propiciam a reatualização da mitocosmologia e a circulação das ‘riquezas’ entre os Javaés.

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Biografia do Autor

Sônia Regina Lourenço, UFSC

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC

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Publicado

2008-12-18

Como Citar

LOURENÇO, S. R. A dança dos Aruanãs: mito, rito e música entre os Javaé. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 11, n. 2, 2008. DOI: 10.5216/sec.v11i2.5259. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/5259. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê