“Os opostos se distraem, os dispostos se atraem”: amor e política no uso das mídias digitais entre sujeitos que se autodenominam de esquerda

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v27.80157

Resumo

O artigo analisa como os usos das mídias digitais no Brasil têm modulado as buscas por relacionamentos amorosos entre sujeitos autodenominados de esquerda. A pesquisa se orientou pelo seguinte problema: como o posicionamento político é avaliado como critério amoroso? O objetivo foi compreender como o cenário político brasileiro se refletia na vida afetiva. A metodologia consistiu em análises de interações em um grupo do Facebook, cuja finalidade era promover um canal de divulgação de perfis, ampliar possibilidades afetivas e de conexão entre sujeitos. Demonstro que, ao contrário do que se apregoava como rede aberta às diferenças sociais, existia um perfil específico que indicava aspectos de gênero, sexualidade, raça/etnia, geração, classe social e região dos sujeitos que socializavam nessa rede. Por fim, também discuto as relações de gênero presentes em dinâmicas heterossexuais do campo de pesquisa, que apontam para um rechaço às masculinidades consideradas como “esquerdomacho”.

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Biografia do Autor

Juliana do Prado, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Paranaíba, Mato Grosso do Sul, Brasil, ju.doprado@uems.br

Professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos.

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Publicado

2025-01-22

Como Citar

DO PRADO, J. “Os opostos se distraem, os dispostos se atraem”: amor e política no uso das mídias digitais entre sujeitos que se autodenominam de esquerda. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 27, 2025. DOI: 10.5216/sec.v27.80157. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/80157. Acesso em: 29 mar. 2025.

Edição

Seção

Artigos Livres