“Os opostos se distraem, os dispostos se atraem”: amor e política no uso das mídias digitais entre sujeitos que se autodenominam de esquerda
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v27.80157Resumo
O artigo analisa como os usos das mídias digitais no Brasil têm modulado as buscas por relacionamentos amorosos entre sujeitos autodenominados de esquerda. A pesquisa se orientou pelo seguinte problema: como o posicionamento político é avaliado como critério amoroso? O objetivo foi compreender como o cenário político brasileiro se refletia na vida afetiva. A metodologia consistiu em análises de interações em um grupo do Facebook, cuja finalidade era promover um canal de divulgação de perfis, ampliar possibilidades afetivas e de conexão entre sujeitos. Demonstro que, ao contrário do que se apregoava como rede aberta às diferenças sociais, existia um perfil específico que indicava aspectos de gênero, sexualidade, raça/etnia, geração, classe social e região dos sujeitos que socializavam nessa rede. Por fim, também discuto as relações de gênero presentes em dinâmicas heterossexuais do campo de pesquisa, que apontam para um rechaço às masculinidades consideradas como “esquerdomacho”.
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