A retórica da intransigência e as ações afirmativas: uma discussão das teses de Hirschman aplicadas às cotas raciais na educação superior pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v25.70867Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir o embate entre ideias conservadoras e progressistas em torno das ações afirmativas de recorte racial nas universidades públicas brasileiras, a partir de uma revisão bibliográfica. Tomando as proposições de Hirschman acerca da Retórica da Intransigência e suas três teses — ameaça, futilidade e perversidade — as quais subsidiam a compreensão de argumentos comumente utilizados contra essa política afirmativa, tais retóricas foram contrapostas a resultados de pesquisas realizadas no país, envolvendo as cotas raciais. Argumenta-se que, contra toda retórica intransigente e previamente concebida em torno das ações afirmativas de caráter racial na educação, as pesquisas exercem papel fundamental na avaliação de seus efeitos e resultados. Espera-se que a compreensão dos argumentos intransigentes possa conduzir à superação do bloqueio de diálogo e auxilie na construção de uma discussão profícua e real acerca da temática no país.
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