Coleções etnográficas, povos indígenas e práticas de representação: as mudanças nos processos museais com as experiências colaborativas
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v21i1.54881Resumo
A partir das recentes políticas culturais voltadas aos ameríndios
e ao patrimônio cultural, e das contribuições da museologia
crítica, percebemos os embates nas relações entre museus,
universidades e ameríndios. No contexto dos povos indígenas,
como indicam Lucia Van Velthem e Regina Abreu, conhecer
as peças fabricadas por seus ancestrais é um dos meios para
compreender seu passado e refletir sobre seu presente e
futuro. Conforme tais autoras, nos últimos anos, os ameríndios
tomaram consciência dos museus e de suas coleções. Na
atualidade, certos processos museais colaborativos incorporam
a participação de indígenas. Os impactos dessas experiências
no ambiente dos museus de antropologia e das universidades
revelam uma complexa rede de relações e apontam para os
desafios desse tipo de mediação cultural. Com isso, novas
questões se colocam aos pesquisadores e se intensifica o
debate contemporâneo sobre a relação entre os diferentes
atores, circuitos e políticas de representação.
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