Narrando a própria morte: os relatos de experiências de quase-morte como narrativas de sentido
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v23i.54620Palavras-chave:
morte, experiências, emoções, narrativasResumo
A morte é um fenômeno que revela importantes aspectos socioculturais. As ciências sociais, em especial a antropologia, já demonstraram o potencial desse fenômeno para além dos seus aspectos biológicos. Neste artigo, a morte serve de tema para a reflexão sobre experiências, narrativas e sentidos. Com base em
relatos de Experiências de Quase-Morte (EQM), o autor descreve como são construídas narrativas de sentidos, como novos arranjos emocionais e cognitivos são expressos narrativamente e como muito da cultura é compartilhada pelo que se diz. Nesse sentido, o argumento central deste artigo consiste em compreender como um fenômeno biológico, no presente caso, a morte, é ressignificado, ganhando novos contornos e aspectos essencialmente culturais. Evidencia-se ao fim, que as narrativas de quase-morte são
relatos que guardam relações importantes com as concepções cosmológicas, envolvendo aspectos como memória, percepção simbólica e padrões emocionais. Entrevistas em profundidade compõem o material teórico do artigo.
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