COMO PENSAR A IDENTIDADE NACIONAL EM ZONAS DE FRONTEIRA? UMA ANÁLISE A PARTIR DE DOIS CONJUNTOS DE CIDADES GÊMEAS BRASILEIRO-ARGENTINAS
HOW TO THINK NATIONAL IDENTITY IN FRONTIER ZONES? AN ANALYSIS FROM TWO SETS OF BRAZILIAN-ARGENTINE TWIN CITIES
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v39i0.55900Abstract
A zona de fronteira é espaço que emerge da demarcação do limite político territorial entre dois Estados Nacionais; ela se encontra na confluência entre dois territórios fundados sobre duas identidades nacionais construídas dentro da oposição entre “nós e os outros”. Mas, longe de ser apenas espaço político geográfico, marcado pela identidade nacional e pertencimento territorial, a zona de fronteira é também espaço social e cultural. Portanto, remete igualmente à ideia de ligação entre dois territórios. Assim, a zona de fronteira pode ser pensada como um lugar que não reflete apenas a divisão e a identidade/alteridade, pois, se as pessoas têm identidades múltiplas, pode-se dizer o mesmo dos lugares. Esses lugares estariam impregnados de cores que podem revelar-se nas mais diversas formas de ligações ou contatos entre duas identidades oficialmente instituídas, entre as quais se produzem trocas não apenas materiais, mas igualmente imateriais, como as culturais. O propósito deste artigo é analisar os processos de construção das identidades nacionais num segmento da zona de fronteira brasileiro-argentina e as práticas fronteiriças frente as identidades nacionais oficialmente instituídas, notadamente nas cidades gêmeas Dionísio Cerqueira (SC)/Barracão (PR)/Bernardo de Irigoyen (MNES) e Santo Antonio do Sudoeste (PR)/San Antonio (MNES). O trabalho foi dividido em duas partes: a primeira analisa os processos de construção da identidade nacional pelos Estados nacionais; a segunda analisa como os fronteiriços percebem a identidade nacional e dela se apropriam.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors will not receive any payment for publishing their work in Boletim Goiano de Geografia. Therefore, they must grant all rights to the journal. However, they are entirely and exclusively responsible for the published contents, and editors are free to make corrections or adjustments to texts in conformity with publication guidelines.