O TRABALHO DE CAMPO: REFLEXÕES SOBRE A TRADIÇÃO GEOGRÁFICA - DOI 10.5216/bgg.v24i1.4131
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v24i1.4131Abstract
O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre uma das tradições geográficas que, ao longo do processo de formação do pensamento científico, sempre esteve presente enquanto forma de discurso, enquanto recurso pedagógico, também como instrumento metodológico. O trabalho de campo contribui para o fortalecimento da geografia, desde a sua gênese. Das viagens exploratórias e de conquistas aos trabalhos de campo a serviço da produção do conhecimento: o exercício é visto como um instrumento do olhar retínico, da observação tomada como sistemática e da descrição. Entretanto, no contexto das transformações experimentadas por todos os saberes, especialmente porque compreendido como prática – tomado como movimento na direção do supostamente concreto –, sobretudo porque também tende a negligenciar processos de teorização, o trabalho de campo pode se prestar aos movimentos de fortalecimento conceitual da disciplina. Nesses termos, refletir teoricamente sobre os trabalhos de campo implica em pensar conceitualmente sobre os seus significados, sobre a sua natureza e seus papéis nos processos pedagógicos e nos que dizem respeito à produção do conhecimento. Teorizar sobre os trabalhos de campo implica em fortalecer a tradição: recuperando-a e aproximando-a das tendências que fazem a vanguarda da geografia.
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