BIOPOLÍTICA, MOVIMENTOS SOCIAIS E RECURSOS GENÉTICOS: O CASO DO PAA SEMENTES - DOI 10.5216/bgg.v36i2.42793

Autores

  • Matheus Hoffmann Pfrimer Universidade Federal de Goiás
  • Estevan Leopoldo de Freitas Coca
  • Ricardo César Barbosa Júnior

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v36i2.42793

Resumo

Os recursos genéticos são elementos estratégicos no controle e na organização da cadeia produtiva da agricultura capitalista. No Brasil, esse processo não ocorre desprovido de conflitos, já que movimentos sociais do campo resistem à manipulação dos recursos genéticos por meio de ações contestatórias e propositivas. Procurando analisar uma recente política pública brasileira, o Programa de Aquisição de Alimentos - “PAA Sementes”, este estudo parte da operacionalização do conceito de fungibilidade do poder, o qual considera
que este se expandiu à todas as dimensões da vida. A biopolítica, em um contexto da vida pluripotente, passa a ser exercida em nível intracelular por meio da biotecnologia. Nessa perspectiva, o poder deixa de ser exclusivamente de natureza territorial, passando a ser exercido pela manipulação da temporalidade
da vida com o intuito de controlar o território. Por meio deste sistema de conceitos buscamos verificar se o “PAA Sementes” pode ser considerado uma forma de reequacionamento de forças em um contencioso biopolítico pelo controle da manipulação dos recursos genéticos, mais precisamente das sementes. A partir das instâncias em litígio entre o agronegócio e a agricultura camponesa, verifica-se ao longo do movimento analítico estabelecido que o “PAA Sementes” se apresenta como um mecanismo de reequilíbrio entre esses
dois projetos biopolíticos diversos.
Palavras-chave: PAA Sementes, biopolítica, recursos genéticos, movimentos sociais do campo.

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Publicado

2016-08-16

Como Citar

HOFFMANN PFRIMER, M.; LEOPOLDO DE FREITAS COCA, E.; CÉSAR BARBOSA JÚNIOR, R. BIOPOLÍTICA, MOVIMENTOS SOCIAIS E RECURSOS GENÉTICOS: O CASO DO PAA SEMENTES - DOI 10.5216/bgg.v36i2.42793. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 36, n. 2, p. 239, 2016. DOI: 10.5216/bgg.v36i2.42793. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/221. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos